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Saúde
Terça - 04 de Janeiro de 2005 às 08:06

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O médico Ali Abu Hammayn, convencido de ter fabricado um remédio para o câncer a partir de ervas do Monte Hermon, um local bíblico do qual é possível ver o Líbano, a Síria e Israel, anuncia uma revolução no tratamento desta doença. O medicamento, que ele chama "AAH", é fruto de vinte anos de pesquisas das quais participaram médicos e especialistas em ervas medicinais, afirma o pediatra de 55 anos, formado na ex-Iugoslávia.

"A mistura foi obtida a partir de 11 plantas selvagens, cobertas de neve seis meses por ano, colhidas a mais de 1,4 mil metros de altitude", explicou. Nos tempos bíblicos, o Monte Hermon era freqüentado pela rainha de Sabah, Balkissi, amiga do rei Salomão, devido suas ervas curativas.

O pó fino é colocado em frascos: amarelo para tratamento, o verde para prevenção. "Houve resultados esplendorosos, que ultrapassaram minhas expectativas", destacou.

Ele conta o caso de Fatima Ghader, uma habitante de Chebaa, cidade fronteiriça do sul do Líbano, vítima de câncer de fígado, completamente curada após um tratamento de cinco meses. O tumor de 20 centímetros aparece nos exames da pacientes e, segundo o hospital, sua natureza era maligna.

Georges Fheili, responsável pela emergência em um hospital da região, que supervisionou a ecografia depois do tratamento, afirma que o tumor se atrofiou e a paciente é considerada fora de perigo. "Quando os habitantes da cidade me viram andar na rua deram vivas. Eles já me acreditam mortos e enterrados", lembra Ghader, que leva uma vida normal.

Para Abu Hammayn, ter vencido o câncer do fígado, um dos mais fatais, significa abrir o caminho do sucesso. Ele cita o caso de um outro paciente, Merhi Hamdane, 55 anos, curado do câncer de próstata depois de dois meses de tratamento. "Sua média de PSA caiu a 4, que é o normal", afirmou o médico Salim Ibrahim, que examinou Hamdane após o tratamento. O médico reconhece a eficácia do medicamento, mas julga que estes efeitos duraram por tempo limitado.

Abu Hammayn não nega a ineficácia de certos casos. Para conseguir sucesso, o tratamento deve ser ministrado antes da aparição de metástases, explicou. "Eu trato cerca de 50 casos, dois deles completamente curados, dois que chegaram tarde demais, dez que estão em processo de cura e 30 que começam o tratamento", destacou.

Médico legista, o profissional está convencido sobre a eficácia da sua descoberta e pretende registrá-la junto aos organismos internacionais especializados. Ele afirma que seus objetivos são antes de tudo humanitários, pois ele conhece o sofrimento das pessoas vítimas de tumores malignos. "Na minha família e na da minha esposa, muitas pessoas morreram de câncer", explicou.

Um dos seus assistentes, Saïd Zaher, engenheiro agrícola, explica que na região do Monte Hermon, de onde os dois são originários, os antigos sempre usaram as ervas medicinais. "Foi provado que certas ervas do Monte Hermon reforçam o sistema imunológico e produzem antioxidantes. Estas ervas possuem um alto teor de vitaminas múltiplas e contêm minerais que só existem nos lugares onde elas se alimentam", disse.

Saïd Zaher está muito otimista, mas não ousa ser tão categórico quanto o doutor Abu Hammayn. "Será necessário ter mais resultados, mas se o câncer do fígado, o mais difícil, foi curado, não há porque não conseguirmos curar outros, que são bem menos complexos", prevê.




Fonte: AFP

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