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Saúde
Quinta - 16 de Dezembro de 2004 às 14:13

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A greve dos médicos do município, iniciada na segunda-feira, devido à falta de pagamento dos salários de outubro e novembro, já vem causando tumulto e revolta nos pacientes que esperam no no pronto-atendimento do Pronto-socorro Municipal de Cuiabá (PSMC).

De acordo com a assessoria do PS, em princípio, os médicos haviam garantido manter pelo menos 30% dos atendimentos, o que não vem acontecendo, pois eles estariam fazendo uma triagem nos pacientes para priorizar os casos mais urgentes.

Na tarde de ontem, ao menos 50 pessoas aguardavam para ser atendidas e devido à demora uma confusão começou junto ao balcão da ouvidoria do PS, onde uma paciente, que se identificou somente pelo nome de Leide Maria, estava muito alterada.

“Nós não temos culpa se os médicos estão sem receber, eles têm que resolver esse problema é com o prefeito. Estou doente há dois dias, estou vindo aqui desde ontem (anteontem) e não consigo ser atendida, posso até perder o emprego e quem vai se responsabilizar?”, questionou irritada.

Segundo o atendente da ouvidoria do PS, José Ricardo Vieira, vários incidentes como o de ontem à tarde vêm acontecendo desde segunda-feira, pois a população, revoltada, quer justificativas do não atendimento. “Os médicos avisaram que estão de greve e só vão fazer atendimentos de urgência e emergência. São três meses de salário atrasado, além do décimo terceiro que não tem nem perspectivas. O pessoal só vê o enfoque do médico que não vem trabalhar, mas e o prefeito, não vai dar uma resposta?”, indagou o servidor.

Além dos médicos do município, os demais servidores, cerca de 6,5 mil servidores públicos da capital, entre eles os médicos, paralisaram as atividades desde segunda-feira.

Uma comissão formada pelos sindicatos e associações de servidores já havia se reunido no último dia 30 de novembro com o secretário de Finanças, Vivaldo Lopes, mas não obteve êxito nas negociações.

O secretário de Saúde do município, Luiz Soares, requisitou ao Ministério Público que os médicos façam valer o acordo anterior à greve.




Fonte: Folha do Estado

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