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Cidades/Geral
Terça - 30 de Novembro de 2004 às 12:13
Por: Joanice de Deus

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Administrar conflitos e interesses diversos, defender a harmonia entre os moradores e garantir que seja respeitada a convenção do condomínio são apenas algumas das árduas funções de um síndico. Tarefas que ficam ainda mais difíceis de serem cumpridas quando é preciso enfrentar uma inadimplência em torno de 20% a 30% e que impede investimentos na melhoria da qualidade de vida e segurança dos próprios condôminos. Entre um problema e outro, esses representantes legais do condomínio comemoram hoje o Dia do Síndico.

Tarefas difíceis, porém cobradas de todos. Há um ano e quatro meses, Custódio Rodrigues de Castro Júnior gerencia a convivência entre os moradores de 48 apartamentos do Edifício Barão de Mauá, no bairro Araés, em Cuiabá. “A função não é fácil”, reconhece.

Em vigor desde janeiro de 2003, o novo Código Civil traz punições para condômino que apresente comportamento anti-social. Em seu parágrafo único do artigo 1.337, o Código Civil estabelece que o síndico de condomínio residencial pode multar maus vizinhos em até dez vezes o valor da cota condominial (a multa pode ser aplicada pelo síndico e posteriormente ratificada em assembléia que reuna três quartos dos condôminos). Além disso, o morador também pode ser multado em até cinco vezes o valor da taxa condominial quando não contribuir para pagar as despesas.

Mesmo com tantas dificuldades, o síndico Custódio Júnior aponta algumas das conquistas obtidas em benefício dos condôminos: melhorias no salão de festas, garagem, troca de extintores, pagamento de benefícios (INSS e FGTS) dos funcionários em dia, além de outras obrigações como elevadores, água, luz e manutenção. “Conseguimos colocar as coisas em ordem sem aumentar a taxa do condomínio”, afirma Custódio Júnior destacando que, entre outros projetos, pretende instalar (se aprovado em assembléia geral) sistema de câmara e vídeo no edifício.

Entre uma situação inusitada e outra, Custódio Júnior diz que já teve que intermediar os diversos tipos de reclamações. Entre as mais simples estão barulho e presença de animais nos apartamentos. Diante dos vários problemas, o síndico resolver instituir um livro de reclamações. Conforme Custódio Júnior, no livro são anotadas não só as reclamações, mas quem as fez e contra qual morador.

Mas a grande dificuldade mesmo é a inadimplência. “O percentual é em torno de 20%”, dinheiro que, conforme Custódio Júnior, faz falta e poderia ser empregado em benefício do próprio condômino, que sempre cobra melhorias e reclama.

Mas para Custódio Júnior o comportamento do síndico pode fazer a diferença na solução do problema. “Tem que ter jogo de cintura e não se estressar”, comenta acrescentando que é preciso ouvir todos lados para obter resultados positivos.




Fonte: Diário de Cuiabá

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