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Meio Ambiente
Quinta - 25 de Novembro de 2004 às 08:37
Por: Daniele Danchura

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Documentos de madeireiras como comprovantes de movimentação de cargas, vias de ATPF prestadas contas e solicitadas e também disquetes estão sendo retirados de helicóptero de escritórios do Ibama localizados em Brasnorte, Juara e São José do Rio Claro como medida de segurança e de preservação de patrimônio, para que o incêndio ocorrido em Guarantã do Norte não se repita. A informação é do chefe de divisão de fiscalização do órgão, Marcos Pinto.

Ele explicou que em todo o Estado está sendo feita uma inspeção nos escritórios regionais, pela Comissão de Correição, sobre a emissão de ATPFs (Autorização de Transporte de Produtos Florestais) falsas, roubadas ou calçadas, ou seja, quando os valores das vias não correspondem.

O escritório de Guarantã do Norte era o próximo da lista a ser auditado pela Comissão de Correição, da qual faz parte o procurador federal Elyelson Ayres Souza, que investiga ATPFs calçadas, em que as duas vias são preenchidas de forma diferente.

A primeira via da autorização que acompanha o transporte da madeira traz a quantidade correta. Mas a segunda via que deve ser enviada ao Ibama segue com quantidades menores e até com espécie diferente, escondendo a extração ilegal de madeira tirada ilegalmente de unidades de conservação e terra indígena. “Isso faz também com que a empresa sempre tenha crédito como Ibama”, completou Marcos.

“A comissão que veio de Brasília está inspecionando todos os postos em Mato Grosso, principalmente os que mais produzem madeiras, como Brasnorte, Juara e São José do Rio Claro, que é o maior pólo madeireiro do Estado. Mas Aripuanã, Cáceres, Pontes e Lacerda e Rondonópolis também estão passando por inspeções”, completou.

De acordo com Marcos Pinto, o incêndio ocorrido em Guarantã do Norte é o primeiro registrado em Mato Grosso e também é a primeira inspeção de ATPFs que acontece no Estado. Outro caso aconteceu há dois anos em Ariquemes (RO), na mesma situação.




Fonte: Folha do Estado

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