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Tecnologia
Quinta - 18 de Novembro de 2004 às 17:41

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A Microsoft alertou os governos asiáticos hoje de que poderiam enfrentar processos por violação de patentes, se optarem por usar o sistema operacional Linux em lugar de seu software Windows.

O Linux viola mais de 228 patentes, disse Steve Ballmer, presidente-executivo da Microsoft, durante o Asian Government Leaders Forum, promovido pela empresa em Cingapura. Ele não ofereceu detalhes adicionais quanto às supostas violações, que a comunidade Linux contesta.

"Um dia, para todos os países que estão ingressando na OMC (Organização Mundial do Comércio), alguém vai aparecer solicitando dinheiro pelos direitos àquela propriedade intelectual," acrescentou.

A crescente popularidade do Linux - software de fonte aberta disponível gratuitamente na Internet e facilmente modificado pelos usuários - é uma ameaça ao domínio mundial do Windows.

A produtora de software SCO Group, que alega que o Linux se baseia em seu software Unix, está processando diversas empresas, entre as quais a IBM.

O Ministério da Defesa de Cingapura passou a operar seus 20 mil computadores com o software de fonte aberta, abandonando o sistema operacional da Microsoft.

Outros governos da região também estão decididos a usar mais softwares de fonte aberta. China, Japão e Coréia do Sul fecharam acordo este ano para desenvolver em parceria aplicativos que operam em Linux.

O governo chinês, em especial, vê sua dependência da Microsoft como potencial ameaça. Os adeptos das teorias de conspiração acreditam que certos trechos do código do Windows possam fornecer às autoridades norte-americanas acesso às redes chinesas e a capacidade de desativá-las, possivelmente durante uma guerra contra Taiwan.

Ballmer disse que os temores de segurança de alguns governos sobre o software da Microsoft são exagerados. "Acreditamos que o nosso software seja muito mais seguro que o software de fonte aberta. É mais seguro porque nós o garantimos, nós o consertamos, nós o criamos. Ninguém sabe quem de fato criou o software de fonte aberta," acrescentou.




Fonte: Reuters

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