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Educação/Vestibular
Quinta - 14 de Outubro de 2004 às 10:27

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Os estudantes da rede estadual em Mato Grosso podem respirar um pouco mais aliviados, pois a greve dos professores pode não sair este ano. O que poderia levar dias pode durar apenas 24 horas. Pelo menos é o que disse Ângela Maria Desan Barbuio, integrante do Sintep (Sindicato dos Profissionais do Ensino Público de Mato Grosso) de Sinop. Os professores, que estão em estado de greve, desde março, haviam prometido parar as atividades este mês já que o governo não atendeu as reivindicações.

Ângela está embasada nas decisões tomadas segunda-feira (11) durante assembléia geral, em Cuiabá, onde a categoria resolveu dar “mais uma chance ao governo” e no dia 22 deste mês programou uma série de mobilizações. De acordo com a sindicalista, neste dia os professores cruzam os braços em protesto da falta de negociação por parte do governo e, mais uma vez, entregam a pauta de reivindicações na Secretaria de Educação, além de realizar manifestos nas assessorias de todo o Estado. “Não vamos parar mas iremos nos mobilizar para que o governo nos chame para uma negociação, o que não fez até hoje e nossas reivindicações sejam atendidas”, justificou.

Apesar de uma greve, por enquanto, estar descartada, Ângela Maria não prevê boas notícias para o ano que vem. “Nos dias 4 e 5 de dezembro temos o Conselho de Representantes onde iremos discutir se paramos ou não. Mas acredito que este ano não deve haver greve, pois é besteira parar no final do ano. Mas o ano letivo de 2005 corre o risco de não começar caso a situação não avance”, alertou para uma possível greve. “Só paramos agora caso haja alguma coisa extraordinária aí poderemos parar”, salientou.

Todas as decisões tomadas pelos professores na assembléia de segunda serão repassadas a categoria em Sinop durante uma assembléia. Ângela Maria Barbuio não soube dizer quando deve acontecer mas acredita que na próxima semana os professores se reúnem para discutir as decisões.

Entre as reivindicações estão:

-recomposição salarial integral e generalizada à toda a categoria e não escalonada como está sendo feita pelo governo, conforme o sindicato (7,67% para que está fora da sala de aula, interinos e aposentados, 7,67% mais 12% para os professores em sala de aula e 5% para quem está na coordenação);
-garantia da permanência dos direitos adquiridos na Lopeb (lei que regulamenta o ensino público em Mato Grosso) como jornada de 30 horas mais 10 de hora-atividade -o governo propõe 40 horas mais as horas atividades-;
-garantia de lotação (aulas) na cidade onde residem, entre outras.

No dia 21 deste mês deve acontecer na Assembléia Legislativa uma audiência pública para discutir a data base da categoria, que é primeiro de outubro.




Fonte: Só Notícias

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