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Educação/Vestibular
Quinta - 14 de Outubro de 2004 às 07:30
Por: Lisandra Paraguassú

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Brasília - As instituições privadas de ensino superior concentram a maior parte das vagas no País e também o maior número de lugares ociosos nas suas salas de aula. O Censo do Ensino Superior 2003 mostrou que 42,2% das vagas oferecidas nos processos de seleção do ano passado não foram preenchidas nessas instituições. Nas universidades federais essa ociosidade é de apenas 0,7% e nas estaduais, de 2,8%.

A primeira impressão é de que podem estar sobrando vagas no País. Neste ano, pela primeira vez a oferta nos vestibulares (2 milhões) foi maior do que o número de jovens que terminaram o ensino médio (1,9 milhão). Na realidade, no entanto, cerca de 3 milhões de pessoas que tentaram entrar no ensino superior não conseguiram. "Não podemos dizer que temos cursos demais. Com apenas 9% dos jovens de 18 a 24 anos na faculdade, temos cursos de menos. Na verdade, o que precisamos é melhorar o acesso", disse o presidente do Instituto Nacional de Estatísticas e Pesquisas em Educação, Eliezer Pacheco.

A análise do MEC aponta algumas possíveis razões para a ociosidade de vagas. Uma delas seria o excesso de oferta em algumas regiões do País em detrimento de outras - o Sudeste, por exemplo, concentra 49,3% das matrículas do País. Outra possibilidade é a concentração em algumas áreas do conhecimento. Apenas seis áreas - administração, direito, pedagogia, engenharia, letras e comunicação - respondem por 52,7% das vagas oferecidas, e são justamente as áreas onde há maior ociosidade.

"Acreditamos que, com os problemas econômicos que o País atravessou, a diminuição na capacidade de pagamento das pessoas certamente influenciou essa ociosidade", disse o diretor de avaliação e estatística do ensino superior, Dilvo Ristoff.




Fonte: Agência Estado

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