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Politica Brasil
Quinta - 09 de Setembro de 2004 às 17:36
Por: José Ribamar Trindade

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O médico Bodan Baranhuk, de 50 anos, foi executado com mais de 15 tiros, todos no peito e na cabeça, por volta das 9 horas de hoje. A execução aconteceu dentro de um posto médico no Assentamento Bom Jaguar, localizado a cerca de 40 quilômetros da cidade de Marcelândia, no Norte de Mato Grosso.

Dois homens armados e de moto chegaram atirando contra o médico, que morreu na hora. O corpo dele está sendo removido neste momento para a cidade de Sinop (Norte, a 500 km da Capital), para depois ser encaminhado ao Instituto Médico de Legal (IML), em Cuiabá. A morte do médico, de acordo com as primeiras informações da Polícia, estaria envolvida em conflitos fundiários na região.

Bodan, segundo a Polícia, saiu há cerca de duas semanas da Cadeia Pública de Marcelândia, onde estava preso por crime de porte ilegal de arma de fogo. O médico foi detido e autuado em flagrante depois que a Polícia apreendeu um verdadeiro arsenal de armas de fogo na casa dele. Bodan também estava sendo acusado de comandar invasões de terras na região Norte de Mato Grosso.

O médico estava atendendo um paciente, quando dois homens chegaram atirando. Por muito pouco, conforme algumas testemunhas informaram à Polícia local, os pistoleiros não atingiram o paciente ou mataram outras pessoas que estavam no mesmo posto, inclusive algumas crianças.

Um homem de físico avantajado, tido como violento, Bodan, segundo informações de pessoas ligadas a própria família dele, costumava brigar e espancar pessoas. Além de violento, Bodan também costumava andar armado e era acusado de comandar grilagem de terras na região Norte, onde fez dezenas de inimigos.

Em Cuiabá, no início da década de 80, Bodan escapou de um atentado a bala, quando levou alguns tiros, um deles na boca, que a deixou defeituosa. A tentativa de execução aconteceu em plena Avenida Tenente-coronel Duarte (antiga Prainha), quase esquina com a Avenida Getúlio Vargas.

O atentado teve um motivo muito forte para a época: Bodan resolveu encarar, de frente, o até então desconhecido bicheiro João Arcanjo Ribeiro, o “Comendador”, atualmente preso no Uruguai sob acusação de comandar o crime organizado em Mato Grosso. O médico estava tentando implantar uma agência paralela do jogo do bicho, quando foi reprimido à bala.

Depois de baleado e de ficar por muito tempo imobilizado, Bodan e seus familiares resolveram deixar a Capital sem implantar a rede de jogo do bicho pretendida.

“Na época o doutor Bodan tentou desbancar o Arcanjo, que começava a crescer com o jogo do bicho, e foi baleado. O Bodan quase morreu. Todos sabiam que o mandante do atentado foi o Arcanjo, só que nunca ninguém ousou falar nada com medo de represália”, lembrou um policial civil aposentado.




Fonte: 24 Horas News

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