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Saúde
Quinta - 09 de Setembro de 2004 às 15:49
Por: MARIA NASCIMENTO

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Médicos dizem que a obesidade é principal preocupação e toda família deve se prevenir

Mato Grosso pode estar deixando de diagnosticar precocemente males que contribuem para o desenvolvimento de doenças coronarianas. O principal deles, a hipertensão arterial pode ser diagnosticada por um simples exame de aferição, mas segundo o médico cardiologista Danillo Arruda, membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia - secção Mato Grosso, apesar da existência do aparelho de aferição – o esfignomanômetro – em todos os postos, policlínicas e consultórios, a grande maioria da população que busca por consulta médica acaba não passando pelo exame. “Apesar dos índices preocupantes o simples exame de aferição da pressão arterial deixa de ser feito nos atendimentos públicos e deixam de contribuir para o diagnóstico precoce das doenças, reforça a médica Marta Neder da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Os dois participaram ontem (08) do Programa Pela Ordem da TV Assembléia que discutiu o tema “Doenças do Coração”.

Ainda segundo eles, a população ainda não está habituada a exigir o exame em todas as consultas. “É muito simples e deve ser solicitada, principalmente por aquelas pessoas que já têm familiares, em especial pai ou mãe que tenha registrado a hipertensão ou outra doença ligada ao coração”. Por isso, as doenças do coração são responsáveis por pelo menos 30% das mortes em todo o mundo.

Segundo eles, os males que contribuem para doenças cardíacas já acometem pelo menos 20% da população mundial. No Brasil os números também se repetem 2 em cada dez pessoas sofrem de hipertensão arterial, alteração do colesterol, obesidade ou outros dos diversos males que contribuem para infartos e derrames. Entre as pessoas com mais de 60 anos os casos são ainda mais alarmantes, cerca de 50% em algumas regiões brasileiras.

De acordo com a médica Marta Neder, os hábitos da modernidade como lanches rápidos e sedentarismo, tabagismo e ingestão de bebidas alcoólicas têm contribuído para o aumento destas doenças. A mais crescente, no entanto é a obesidade que acomete cada vez mais as pessoas. “A obesidade já acomete 4 vezes mais pessoas que a desnutrição e isso exige mudanças nos hábitos alimentares”, alerta.

No Brasil, segundo Neder, estudos definiram que 8% da população sofre de desnutrição, 32% tem sobrepeso e 8% são obesos. “Somando o sobrepeso 8% com a obesidade 8%, temos 40% das pessoas com males que têm os hábitos alimentares como causa e isso é uma preocupação. Outro dado é que existe desnutrição mesmo entre os gordinhos, reforçando que os hábitos alimentares são importantes para a prevenção das doenças”, disse Neder.

Para tentar driblar as doenças, Neder e Arruda dão como dicas a ingestão de mais frutas, verduras e legumes além de exercícios físicos. “Temos que romper hábitos. A família pode trocar uma noite em frente a TV por uma caminhada em grupo. As crianças que ficam muito tempo no videogame podem fazer caminhadas ou jogos e ir trocando as frituras e lanches rápidos por frutas e legumes. Não importa se pais ou filhos, os hábitos alimentarem devem ser modificados pois numa família que se alimenta coletivamente, todos têm os mesmos riscos”, sugerem em tom de alerta.




Fonte: AL

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