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Meio Ambiente
Terça - 17 de Agosto de 2004 às 19:47
Por: NEUSA BAPTISTA

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Discutir alternativas sustentáveis de aproveitamento dos recursos naturais foi o objetivo do fórum "Geração e Disseminação de Tecnologia na e para a Amazônia", que aconteceu nesta terça-feira (17.08) no Centro de Eventos do Pantanal, como parte do encontro Amazontech 2004.

Participaram do evento o diretor-presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Clayton Campanhola, o gerente de tecnologia do Sebrae Nacional, Paulo Alvim, a secretária Flávia Nogueira (Ciência e Tecnologia), o diretor do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), Imar César de Araújo, a representante do Departamento de Patrimônio Genético e o representante da Secretaria de Políticas para o Desenvolvimento Sustentável do Ministério de Ciência e Tecnologia, Bruno Filizola.

A importância da biodiversidade amazônica para os negócios, ou o conceito de bionegócios e ‘negócios verdes’ foi a tônica da discussão. Os palestrantes detiveram-se sobre o conceito de bioprospecção, isto é, a exploração dos recursos naturais com fins comerciais com respeito aos conhecimentos acumulados pela comunidade local.

Entre os principais pontos destacados estavam o potencial econômico e as carências em ciência e tecnologia apresentadas pela região da Amazônia, tais como a falta de formação de recursos humanos. O gerente do Sebrae Nacional destacou a importância da valorização do conhecimento local. Alvim destacou os apoios dados pela empresa a iniciativas de comunidades, tal como o apoio às incubadoras de empresas e o lançamento de editais não competitivos para apoio dos centros tecnológicos e a 17 Arranjos Produtivos Locais (APLs) na região amazônica. Ele apontou com um dos desafios principais a construção de redes e a ampliação e fixação de massa crítica, isto é, a formação de recursos humanos na região.

Um dos exemplos de centro de desenvolvimento de novas tecnologias foi também apresentado: o CBA (Centro Biotecnológico da Amazônia). O centro, que ainda está sendo estruturado, trabalha com a união da iniciativa privada, universidades e outras instituições a fim de agregar valor aos produtos da região amazônica. Entre os desafios apontados por Imar Araújo está a promoção de um ambiente favorável à inovação. "Não podemos ficar vendendo folhinhas e óleo bruto para sempre", asseverou ele.

O capital privado foi citado como uma das principais fontes de recursos para a pesquisa com sustentabilidade para fins comerciais. A certificação dos produtos florestais como garantia de aceitação no mercado externo também foi um dos temas discutidos no fórum: a certificação poderia levar até mesmo à criação de marcas ligadas a comunidades, tais como a indígena e a quilombola.

POLÍTICAS - Conectar as políticas estaduais e federais em torno do tema foi um dos desafios apontados pela secretária Flávia Nogueira, que apresentou um resumo histórico da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Secitec). Ela apontou a importância do investimento da Secitec, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat), no fomento à pesquisa.

A Fapemat têm hoje recursos de 0,5 a 1% da receita tributária do Estado - descontados os repasses aos municípios - garantidos constitucionalmente. Ela destacou também que a instituição está financiando a melhoria da infra-estrutura dos laboratórios da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e a discussão que está sendo feita com a Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat). "Estamos discutindo, frente a todas essas dificuldades, uma nova universidade", disse ela.




Fonte: Assessoria/Secitec-MT

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