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Saúde
Quinta - 12 de Agosto de 2004 às 15:59
Por: JESIEL PINTO

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Já está funcionando no Cermac (Centro Estadual de Referencias de Média e Alta Complexidade) um ambulatório voltado especialmente para o atendimento aos que sofrem de obesidade mórbida no Estado: O SREO - Serviço de Referencia Estadual de Obesidade. Com a instalação do SREO o atendimento a esse tipo de paciente passa a ser executado pelo SUS, no âmbito da Ses. "Até agora não existia, no Estado, nenhum serviço organizado de atendimento ao obeso", lembrou Maria Conceição Villa, diretora geral do Cermac.

O SREO atende, trata e dá acompanhamento a todo obeso que tem seu IMC- Índice de Massa Corporal acima de 30, mas faz isso segundo um protocolo de atendimento. O IMC é obtido se elevando a altura do paciente ao quadrado e, então, dividindo o resultado da operação pelo peso do obeso.

O paciente primeiro passará pelo sistema de triagem estabelecido pelo SUS e que é o que melhor vem funcionando para o atendimento ao usuário. O primeiro passo é procurar uma das unidades básicas de Saúde da rede do SUS. Lá o médico que atender ao obeso vai verificar se ele tem necessidade de cuidados especializados. Se tiver, a unidade de saúde agendará uma consulta no SREO, através da Central de Regulação.

No serviço o paciente encontrará uma equipe de três endocrinologistas, dois nutricionistas, um psicólogo, dois assistentes social, um enfermeiro e quatro técnicos em enfermagem que poderão atende-lo. Conceição Villa estimou que esse processo deve levar, no mínimo, uma semana. E deu um esclarecimentos útil: "Antes de tudo o paciente deve ser avaliado pela equipe e acompanhado pelos profissionais sendo que a cirurgia deve ser o último procedimento a ser usado para fazer o obeso emagrecer"

Outro ponto abordado pela diretora geral do Cermac foi que "a procura sempre vai estar subordinada ao critério de vagas. Se não houver vaga para o atendimento, e isso com certeza vai acontecer, o paciente vai para uma fila de espera. Isso só não vai valer para casos de urgência ou emergência".

Conceição Villa explicou que o serviço está entrando em pactuação com outros setores da Ses para conseguir alguns instrumentos que facilitem o atendimento e o tratamento aos obesos. "Exames e medicamentos para o tratamento do obeso são necessários e estamos viabilizando junto ao laboratório e a farmácia da Ses para conseguirmos acesso a eles", prometeu. Ela disse que o problema maior será com os remédios. "Eles não fazem parte da lista de medicamentos básicos do SUS e precisarão ser incluídos no sistema de medicamentos especiais".

Na próxima semana a diretora geral do Cermac vai estar agendando reuniões com a Central de Regulação e com os setores municipais de atendimento ao obeso para que todos possam coordenar esforços na divulgação e proporcionar o correto acesso a esse serviço. "Continuaremos fazendo tudo para que o usuário do SUS possa ter um atendimento de Saúde com qualidade", assegurou.




Fonte: Ses-MT

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