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Saúde
Sexta - 06 de Agosto de 2004 às 11:42
Por: CIDA CAPELASSI

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A 2ª Etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomelite e Sarampo, acontece no dia 21 de agosto. Neste dia os pais devem levar seus filhos menores de cinco anos aos postos de saúde para participar da campanha "A Saúde Vale Ouro". Só que essa etapa tem um apelo especial. Além da gotinha contra a pólio, as crianças vão receber também a vacina Tríplice Viral, que protege do sarampo, da rubéola e da caxumba, informou a coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Ses, Beatriz Alves de Castro.

A coordenadora disse que a Secretaria de Estado de Saúde (Ses) aproveita a mobilização Nacional e traça como estratégia Regional a aplicação também da vacina contra Hepatite B em 20 municípios considerados prioritários. " A vacinação será indiscriminada, ou seja, todos na faixa etária de zero à 5 anos, deverão ser vacinados contra a Poliomelite e Tríplice Viral, independente da situação vacinal prévia. Já no caso da Hepatite B,todas as crianças de 0 à 19 anos podem ser vacinadas". Dependendo do cartão vacinal da criança, explica Beatriz Castro,poderá ocorrer casos em que ela deverá receber as três vacinas neste dia 21 de agosto.

Em todo Mato Grosso, a meta da Ses é vacinar cerca de 275.289 crianças na faixa etária de zero a quatro anos de idade com a vacina oral contra a Poliomelite (Paralisia Infantil) e 222.293 crianças de 1 a 4 anos de idade com a Vacina Tríplice Viral (sarampo, rubéola e caxumba). Contra Hepatite B é de vacinar 125.439 pessoas de zero a 19 anos.

Em todo o Estado estarão envolvidos na mobilização cerca de 2,5 mil postos de saúde, 1.529 veículos e mais 10 mil profissionais, entre servidores públicos, privados e voluntários. O atendimento será realizado no horário de funcionamento normal dos postos, das 8h às 17h. "A proposta da Ses é completar a proteção das crianças contra a poliomielite e protegê-las também do risco da importação do sarampo. Todas as crianças menores de 5 anos - mesmo as que tomaram a vacina na primeira etapa da campanha deste ano - precisam receber a segunda dose contra a pólio.", afirmou a coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Beatriz Castro

Sobre a vacina Tríplice Viral, explica Beatriz Castro, caso a criança já tenha sido vacinada, a dose vai servir como um reforço. Diferente da vacina contra a Pólio, que com uma simples gotinha imuniza a criança. A Tríplice Viral é aplicada por meio de injeção e necessita de um reforço. "O principal objetivo da realização dessa segunda etapa da campanha é manter o bloqueio da circulação de quatro agentes infecciosos virais: o Poliovírus I,II,III e o vírus do Sarampo.

No Estado de Mato Grosso o último caso de Poliomelite registrado foi em 1986, no município de Terra Nova do Norte, e de Sarampo foram notificados oito casos em 1999. "A vacina constitui-se a única forma de prevenir ocorrência do Sarampo na população e o risco de doenças para indivíduos suscetíveis. Isto aponta para a importância da manutenção da homogeneidade e coberturas vacinais, assim como ocorre com a pólio, com cobertura de 95% em todo o Estado", disse Beatriz Castro.

A Ses vai fazer todo um trabalho de divulgação para explicar aos pais a importância da vacinação contra a pólio e contra o sarampo. A idéia é obter um bom comparecimento das crianças aos postos. A meta é atingir uma cobertura vacinal de 95% das crianças menores de cinco anos em todo o Estado.

EPIDEMIA - O último caso de poliomielite no Brasil foi registrado em 1989. Mesmo com a eliminação da doença na Américas, as campanhas continuam até hoje por medida de segurança. Assim como o sarampo, a pólio ainda está presente em outros países. São registrados casos da doença no Afeganistão, Egito, Índia, Niger, Nigéria, Paquistão e Somália.

A importação de doenças é um risco real se não forem tomados os cuidados necessários. Em 1995, o Brasil já havia alcançado um bom nível de controle do sarampo. Na época, em alguns estados brasileiros, achava-se que não era preciso participar da campanha de vacinação contra a doença, o que levou a uma cobertura vacinal muito baixa. Como resultado, em 1996, houve a importação de casos de sarampo, vindos provavelmente da Itália, que levaram a uma epidemia em todo o País. Foram mais de 50 mil casos entre 1997 e 1998. A epidemia causou cerca de 60 mortes. Outro fator que levou à epidemia foi que a Campanha não foi realizada por muitos estados em 1995. Hoje, a situação em relação ao sarampo está tranqüila, as pessoas só não podem duvidar da necessidade da vacina e correr o mesmo risco.

SINTOMAS - O sarampo e a poliomielite são consideradas duas das doenças mais graves na infância. Seus sintomas iniciais são parecidos. As pessoas infectadas pelos vírus causadores dessas doenças sentem, em sua maioria, febre alta, fadiga e dores de cabeça. No caso do sarampo, os pacientes têm ainda tosse intensa, coriza, conjuntivite e pele com placas ásperas avermelhadas.

A POLIOMELITE - É uma doença altamente infecciosa provocada pelo poliovírus. É mais comum em crianças, mas também pode atacar adultos. A transmissão do vírus selvagem, causador da doença, acontece pela ingestão de água contaminada, normalmente em locais de condições sanitárias e de higiene precárias. A multiplicação ocorre no organismo da criança ou adulto que teve contato com essas fezes.

SARAMPO - É causado pelo vírus conhecido como morbillivírus. Sua transmissão se dá por meio de gotículas de secreção respiratória e até mesmo o ar com o vírus ainda vivo pode disseminar a doença. Com um simples exame interno da bochecha é possível identificar pontos branco-amarelados, que são característicos do sarampo. O diagnóstico sempre deve ser considerado por um exame de sangue.

TRATAMENTO - O tratamento do sarampo é voltado, na maioria das vezes, para a diminuição dos sintomas e para a prevenção das complicações. O sarampo é considerado a mais severa das chamadas doenças comuns da infância: complicações graves e morte ocorrem em até três em cada mil casos.




Fonte: Ses-MT

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