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Saúde
Quinta - 05 de Agosto de 2004 às 00:46

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Pesquisadores de grandes indústrias de farmacêuticos estão realizando testes pequenos, rápidos e baratos com pessoas para ter uma comprovação da promessa de um remédio antes de realizar grandes testes que podem envolver centenas de pacientes, milhões de dólares e anos de estudo. Segundo o jornal New York Times, a abordagem, que é chamada de medicina experimental, faz uso massivo dos dados obtidos a partir da aplicação do medicamento nos voluntários, promovendo redução dos custos da pesquisa e a chegada mais rápida do tratamento ao mercado.

"Os humanos são os animais experimentais aqui", afirma Roger Perlmutter, vice-presidente executivo para pesquisa e desenvolvimento da Amgen, uma grande companhia de biotecnologia que adotou a nova postura. A abordagem é uma tentativa de aumentar o número de compostos aprovados para o mercado nos últimos anos.

Apesar do crescente número de pesquisas e gastos, no ano passado, 21 novos compostos foram aprovados como remédios, pouco se comparado com os mais de 30 nos anos 90. "A sobrecarga do tratamento sobre os pacientes cresce", reconheceu Stephen Dilly, que trata do desenvolvimento de remédios na Chiron, uma companhia de biotecnologia. "Você esprema a última gota de dado de cada paciente tratado".

Um exemplo da medicina experimental é o experimento da Universidade de Munique, em que os pesquisadores repetiram um experimento setenta vezes: um voluntário saudável recebe uma injeção, então é deixado sozinho para enfrentar um ataque de pânico induzido.

Cada voluntário foi testado novamente dias depois, mas desta vez a maioria recebeu primeiro um remédio experimental antiansiedade. Com o sucesso do remédio nessa fase, a companhia farmacêutica suíça Novartis obteve autorização para realizar grandes testes clínicos que podem envolver 300 pessoas com verdadeiros problemas de ansiedade.




Fonte: Terra

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