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Saúde
Sexta - 23 de Julho de 2004 às 17:25

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Os médicos que atendem em hospitais e não são contratados também vão restringir o atendimento das operadoras Bradesco, Marítima, Porto Seguro, Unibanco, Itaú, SulAmérica, AGF, Notredame e Golden Cross a partir do dia 30.

Os médicos de São Paulo decidiram "boicotar" o atendimento para reivindicar que os planos paguem R$ 42 por consulta. Atualmemte, segundo o presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo, José Erivalder, a média paga aos médicos pelas seguradoras é de R$ 20 por consulta.

Assim como no caso de consultas em clínica, os pacientes também terão que pagar para serem atendidos nos hospitais e pedir o reembolso depois. Só serão atendidos casos de urgência sem pagamento prévio.

Outra opção do cliente que não for atendido é pedir à operadora que indique outro profissional para cobrir o atendimento.

O presidente da Associação Paulista de Medicina, José Luiz Gomes do Amaral, informa que a cobrança vale para todos os procedimentos médicos e será feita com base na tabela da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM). Os valores variam de acordo com a complexidade e com o tempo de cada procedimento.

Dessa forma, se alguém tiver de ser operado por meio de um dos planos mencionados terá de pedir reeembolso depois da operação.

No entanto, por serem pessoas jurídicas, os hospitais, clínicas e laboratórios são proibidos por lei de cobrar pelo atendimento. Isso é caracterizado como caução e é passível de multa.

"Nossa briga é com as seguradoras. Os médicos vão ter muita sensibilidade com o caso de cada usuário", disse Erivalder ao ser interrogado quanto ao procedimento frente a um paciente que não tenha como pagar pela consulta.

Não se chegando a um acordo com as seguradoras, o presidente do sindicato dos médicos cogita até o descredenciamento universal de alguns planos de saúde junto à classe médica. "Se continuarmos como está vamos fechar nossos consultórios", acrescenta.

Segundo o presidente da Associação Médica Brasileira, Eleuses Paiva, as associações de médicos vão se reunir com órgãos de defesa do consumidor para decidir a melhor maneira de cobrar as consultas.




Fonte: Investnews

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