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Educação/Vestibular
Terça - 22 de Junho de 2004 às 10:00
Por: Mara Carnevale

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Teve início nesta segunda-feira (21.06), em Cuiabá, o curso de Avaliação Dinâmica e Hiperatividade, promovido pela secretaria de Estado de Educação (Seduc) em parceria com o Ministério da Educação (MEC). O evento que está sendo realizado no Hotel Fazenda Mato Grosso,vai até sexta-feira (25), e tem o objetivo de capacitar os profissionais para atuarem em uma avaliação diferenciada com alunos com necessidades especiais, tendo como paradigma a educação inclusiva.

O curso, que está sendo ministrado pela psicóloga e especialista na área escolar, Maria José Figueiredo Bonfim Lopes, de Brasília, é destinado aos coordenadores pedagógicos das escolas de Ensino Regular, e equipe multiprofissional dos centros especializados que atendem alunos com necessidades educacionais especiais. Cerca de 60 profissionais de 20 municípios do Estado estão participando do curso.

De acordo com a psicóloga, a discussão de uma escola inclusiva ocorre desde 1994, juntamente com a nova forma de avaliação desses alunos. “Antigamente, os professores viam apenas as dificuldades dos alunos com problemas educacionais especiais, hoje a visão é descobrir e trabalhar as suas potencialidades”, disse a psicóloga.

Maria José explica que o grande desafio do professor é avaliar os contextos social, familiar e escolar que o aluno está inserido. Mas, adianta que o processo de uma avaliação diferenciada tem caminhado lentamente no país. “A lei por si só não muda nada se ela não chegar até o professor, pois a inclusão se dá a partir da capacitação, afirmou”. Quanto à hiperatividade, a psicóloga afirmou que infelizmente, muito pouco está sendo feito por essas crianças. “Hoje, o aluno hiperativo está à margem do contexto, mas temos que levar em conta que ele tem um perfil e precisa ser trabalhado”, concluiu.

A superintende de Ensino e Currículo da Seduc, Zileide Lucinda dos Santos, que participou da abertura do curso, salientou que é necessário que a prática pedagógica seja modificada nas escolas. “Desde 1996 democratizamos o acesso do aluno à escola, mas ainda não conseguimos democratizar o conhecimento”, afirmou ela.

INCLUSÃO - De acordo com dados do Censo Escolar de 2003 (MEC/INEP), a participação do atendimento inclusivo cresceu no Brasil, passando dos 24,7% de 2002, para 28,7% em 2003, em relação às matrículas. A participação do atendimento em separado, nas classes especiais e nas escolas, diminui, passando de 75,3% para 71,3%.




Fonte: Secom - MT

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