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Saúde
Segunda - 21 de Junho de 2004 às 16:38
Por: Cida Capelassi

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A Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica, da Secretaria de Estado de Saúde descartou situação de surto ou epidemia sobre caso de Hantavírus no Estado.

Segundo a Coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Beatriz Castro, o caso registrado no município de Campo Novo do Parecis, onde um agricultor contraiu a doença e morreu, não significa surto e muito menos epidemia. “Desde 1999 até o ano de 2004 foram registrados 33 casos no Estado.Quinze pessoas morreram.A Vigilância vêm desenvolvendo ações no sentido de diminuir os óbitos. O vetor existe e estamos trabalhando com medidas preventivas junto à zona rural.Não podemos acabar com todos os ratos, senão vamos provocar um desequilíbrio ambiental. Somente três espécies de ratos silvestres são os transmissores da doença,o Calomys temer, o Bolomys lasiurus, Akodon sp.As medidas de antirratização estão sendo feitas em todos os municípios prioritários , principalmente os situados em região produtora de grãos”,disse ela

A Vigilância Epidemiológica vêm trabalhando em parceria com os órgãos de saúde dos municípios, com ações e medidas de prevenção.Médicos e enfermeiros são treinados para diagnóstico e tratamento e são dadas orientações preventivas.

Segundo ainda Beatriz Castro, várias campanhas educativas e de prevenção já foram desenvolvidas desde o ano de 1999 em todos os municípios do Estado.Foram confeccionados materiais explicativos como cartilhas, folderes e distribuídos em postos de saúde, hospitais, centros especializados de saúde. “Um dos objetivos da Vigilância Epidemiológica em relação ao hantavirus, e manter um sistema sentinela que permita atuar no sistema de saúde, com informações sistematizadas, ágeis, visando um melhor conhecimento da doença e introduzir medidas preventivas. E é justamente isso que a Ses vem fazendo, direcionando ações adequadas de controle”, disse ela.

A Vigilância Epidemiológica desenvolve também trabalho de alerta e conscientização junto a comunidade rural de como evitar a contaminação da doença com medidas preventivas e de cautela,com material educativo,como por exemplo;alerta aos sitiantes ou fazendeiros que armazene os insumos agrícolas em galpões distantes pelo menos 30m do domicílio sobre estrados de 40cm de altura, dificultando a entrada do animal no local de armazenagem do alimento; manter rações dos animais fora de casa e longe dos ratos, em galpões pequenos e limpos distantes da casa; o plantio de alimentos como milho, amendoim, hortaliças também devem obedecer à distância de 30m da casa; nunca deixar resto de comida em cima de pia ou fogão no período noturno; se possível sempre separar o lixo orgânico do inorgânico, mantendo o padrão de distância da residência.“ Nas áreas rurais não recomendamos o controle químico de roedores, pois as medidas de antirratização geralmente são suficientes”,explica Beatriz Castro.

Outra medida de prevenção desenvolvida pela Ses é a de levar informações preventivas para as empresas que trabalham com alimentos, armazenagem e beneficiamento.Uma cartilha foi confeccionada com informações sobre os riscos da doença. “A hantavirose é uma doença respiratória, causada pelo vírus Hantan, que vivem em ratos silvestres. O vírus é eliminado nas fazes, urina e saliva dos roedores, podendo ficar incubado, no homem, por 14 dias, com variações de 42 dias. O homem pega a doença pela inalação do vírus Hantan, em poeira, no trabalho de campo, limpando galpões”,disse a Coordenadora.

SINTOMAS - Febre alta acima de 38º, cansaço, dor muscular, dor articular, dor no estômago, dor abdominal, vômito, falta de ar são os principais sintomas da hantavirose.

Os sintomas são muito parecidos com os sintomas da leptospirose e hepatite B, que na fase inicial o doente sente febre, dor muscular, vômito. A diferença está na dificuldade respiratória, causada pelo acúmulo de líquido nos pulmões.”A Ses capacitou vários profissionais da área de saúde em todo o Estado para prestar assistência adequada as pessoas que procuram os centros de saúde com estes sintomas, podendo ou não ser a hantavirose. Diagnosticada a doença na fase inicial, o paciente tem grande chance de sobreviver”, finaliza Beatriz Castro.




Fonte: Secom - MT

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