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Politica Brasil
Sexta - 11 de Junho de 2004 às 20:34

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O ministro José Dirceu disse hoje em Buenos Aires que está bem onde está, "na Casa Civil". A frase foi uma resposta a uma pergunta sobre a possibilidade de Lula fazer uma reforma ministerial. "Fazer uma reforma ministerial agora seria insólito, mas esse é um assunto do presidente da República. Eu estou bem onde estou, na Casa Civil". "O que eu queria, eu consegui. Que era ver o Lula presidente, ser governo e governar".

De acordo com a BBC Brasil, o ministro também foi questionado sobre rumores de que, na eventual reforma, o ministro da Articulação Política, Aldo Rebelo, seria colocado no Ministério da Defesa. "Esse assunto (Rebelo na Defesa) pode estar sendo cogitado porque foi o que se falou no início do governo. Mas o presidente Lula não falou nada disso comigo".

Sobre o papel de Rebelo na aprovação do salário mínimo pelo Congresso, Dirceu disse que, sem ele, o projeto não teria passado. "(Sem Aldo) Não aprovaria mesmo. Ele é o articulador político do governo e o papel dele foi fundamental".

Notícias da existência de uma disputa de poder entre Dirceu e Rebelo motivaram alguns ministros a entraram em campo hoje com desmentidos. O ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos, creditou as notícias "à pauta da oposição", acrescentando que Aldo e Dirceu trabalham alinhados na coordenação política do governo sob a orientação do presidente Lula.

"Não vamos fazer o jogo em setores da oposição. Não vamos buscar contradição aonde não existe", afirmou Campos, em entrevista no Palácio do Planalto.

Já o ministro das Comunicações, Eunício Oliveira, lembrou que tanto José Dirceu quanto Aldo Rebelo trabalham pelo projeto de poder comandado por Lula há muito tempo. Eunício aconselhou a não apostarem numa eventual briga entre os dois ministros. "Quem fizer isso estará no caminho errado", afirmou.

Hoje, o Palácio do Planalto divulgou uma nota afirmando que Rebelo e José Viegas, ministro da Defesa, continuam nas pastas que ocupam. Viegas disse que qualquer decisão a respeito do assunto cabe ao presidente e não a ele. "Eu sou o ministro da Defesa e fui nomeado pelo presidente da República e serei ministro enquanto o presidente quiser que eu seja".

Segundo Viegas, o presidente hoje mesmo negou a possibilidade dele deixar o cargo. "Isso não é a primeira vez que acontece, de forma que nós temos que nos acostumar com esse tipo de coisa". O ministro informou também que o assunto é especulação da imprensa e que não acha que está sendo bode expiatório. Negou que esse seja um movimento do PT para desestabilizá-lo do cargo. O ministro disse ainda que a imprensa tem as suas fontes mas ele não tem "insegurança".




Fonte: Terra

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