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Educação/Vestibular
Quinta - 10 de Junho de 2004 às 11:25

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Representantes da Associação dos Docentes da Universidade do Estado de Mato Grosso (Adunemat) estiveram reunidos com a Comissão de Educação, Cultura, Desporto e Seguridade Social (CECDSS) da Assembléia Legislativa para discutir o reajuste salarial de 7,67% linear proposto pelo governador Blairo Maggi (PPS).

A categoria exige o aumento de 25,42% conforme a última tabela constante. A comissão volta a reunir na próxima semana com os secretários de Fazenda, Waldir Teis, de Ciência e Tecnologia, Flávia Nogueira e reitoria da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat) para debater o assunto.

"O percentual do Executivo está muito abaixo do índice das perdas salariais que sofremos nesse período", disse o presidente da Adunemat, Luiz Jorge Brasilino da Silva. Ele explicou que cerca de 40% dos professores são doutorandos, mas que após o término do curso a perda salarial os obrigam a migrar para outras instituições que oferecem melhores salários. Também na pauta de reivindicação da categoria a realização de concursos públicos para professores e funcionários da entidade.

"É preciso fomentar incentivos para que novos profissionais venham atuar nos diversos campus da Unemat", complementou Silva.

Presidente da CECDSS, deputado Humberto Bosaipo (sem partido) disse que a reunião com as áreas governamentais deve decidir essa questão. "É preciso discutir com técnicos do governo para saber se o Estado tem orçamento suficiente para cumprir essa exigência porque a Unemat é referência para Mato Grosso e temos que apóia-la", destacou o presidente.

Bosaipo é autor do Projeto de Lei Complementar que modifica o artigo segundo da Lei nº 101 de 2002. O novo artigo define que a receita da Unemat, além da Fonte do Tesouro estadual, também vai contar com recursos orçamentários das transferências correntes da União, decorrentes da compensação financeira efetivamente realizada pela desoneração do ICMS das exportações, energia elétrica e dos bens de ativos fixos.

"Com isso ela terá mais dinheiro para pesquisa e, conseqüentemente vamos promover o fortalecimento dessa instituição que é tão importante para Mato Grosso", afirmou.

Além da equiparação salarial, a CECDSS vai discutir a situação da Unemat como um todo. Ou seja, vai abordar as questões do quadro funcional, plano de carreira, as legislações que sustentam a entidade e as perspectivas de ampliação. A comissão também pretende promover debates regionais para ouvir os profissionais e alunos sobre as questões relacionadas as estruturas de trabalho e do campus de cada unidade.

"Não há como ampliar os cursos da Unemat sem ter a perspectiva da ampliação dos recursos da sua estrutura atual", afirmou a deputada Vera Araújo (PT), ao concordar que a reposição do Executivo não repara a perda salarial acumulada desde 2002.

A associação espera que a Assembléia Legislativa intervenha no processo da equiparação salarial da categoria. "O Legislativo precisa exercer o poder de liderança e coordenação no diálogo entre os professores de Unemat com o governo. Essa medida vai assegurar a qualidade do ensino ministrado pela Unemat no interior do estado", concluiu o diretor de formação da Adunemat, Domingos Sávio da Cunha Garcia.

Líder do governo no Legislativo, deputado Renê Barbour (PPS) antecipou que antes de ouvir a direção da entidade e professores nenhuma decisão poderá ser tomada. "Porque não teríamos êxito nas decisões".

Adunemat

Criada em 1988 a Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Mato Grosso possui cerca de 260 filiados, que contribuem mensalmente com 1,5% do salário bruto para manter o órgão. A Unemat conta com aproximadamente 700 professores. Entre as conquistas da entidade estão: a realização de concursos, promoção de cursos profissionalizantes e inserção dos professores em cursos de doutorado.




Fonte: Assessoria/AL

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