Repórter News - www.reporternews.com.br
Cidades/Geral
Terça - 25 de Maio de 2004 às 13:01
Por: Nadja Vasquez

    Imprimir


Cerca de 50 famílias que fazem parte do Projeto Casulo, em Alto Paraguai, 200 km da capital, fizeram um protesto em frente à Prefeitura Municipal, na manhã de ontem. Eles cobram do prefeito, Umbelino Alves Campos (PP), uma promessa da gestão passada, de levar energia elétrica ao assentamento, que teria sido feita na instalação do local, em 1997, mas que até hoje não foi cumprida.

Sem energia, os assentados não conseguem começar a criação de frangos, que deveria gerar emprego e renda para aquela população.

Conforme um dos manifestantes, o agricultor Wilson José de Souza, pelo menos 24 famílias já teriam contraído financiamento junto a instituições bancárias para a construção dos barracões para as aves. Oito estão concluídos e o restante está em obras, alguns até se deteriorando, conforme Souza.

O Projeto Casulo nasceu de uma parceria entre o Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e a Prefeitura de Alto Paraguai como uma alternativa de sobrevivência a meia centena de famílias que perderam o sustento após o fim do garimpo.

O Incra, segundo Souza, entrou com a área, que possui 50 lotes, cada um com quatro hectares de terra. O assentamento fica a apenas 2 km do centro da cidade. Em contrapartida, a prefeitura deveria levar energia aos barracões. Além da criação de frangos, as famílias vivem da agricultura.

Souza, que não ocupa função na Associação do Casulo, está inconformado com a falta de vontade do poder público de criar uma alternativa econômica para o município, que apesar de ter 50 anos de emancipação, ainda vive na "idade da pedra".

Outro lado - Os assentados foram recebidos pelo prefeito na casa dele após o protesto. Umbelino Campos prometeu boas novas para o mês que vem. Ontem, por telefone, o prefeito, que assumiu o cargo há 11 meses, confirmou que está tentando uma parceria com o Governo do Estado, pois o município não tem recursos para bancar o projeto aprovado pela Rede Cemat, que custa cerca de R$ 140 mil. O Incra foi procurado pela reportagem para se manifestar, mas ninguém foi encontrado em virtude da greve, que já dura um mês.




Fonte: A Gazeta

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://www.reporternews.com.br/noticia/382809/visualizar/