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Cidades/Geral
Segunda - 03 de Maio de 2004 às 16:19
Por: Fernando Leal

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O presidente do Sindicato dos Policiais Federais de Mato Grosso, Erlon José Brandão de Souza, criticou a política de administração da União aplicada na estrutura da Polícia Federal, no não-cumprimento dos efeitos da Lei nº 92/66 e na falta de concurso público para a admissão de mais agentes.

Mais detalhes sobre a posição do sindicato sobre a atual situação da categoria e da própria instituição, revelados por Erlon Souza, irão ao ar pela TV Assembléia – Canal 36 A Cabo depois de amanhã (quarta-feira, 05), às 7h30, 12 horas e 18 horas.

A lei elevou cargos da PF – de nível médio para superior – mas o governo manteve a tabela salarial inalterada, mesmo os reajustes tendo atingido a casa dos 82%.

“Esse é um dos motivos da greve da categoria. Ela foi agravada pelo número reduzido de agentes e pelo estado de sucateamento da Polícia Federal. O não-cumprimento da Lei 92/66, na sua integralidade, é injusto principalmente pelo acúmulo das tarefas atribuídas aos policiais”, explicou Souza.

O piso salarial dos agentes federais é de R$ 250 – a partir de agora inferior ao novo mínimo (R$ 260) – e muito abaixo dos pagos a outras categorias: R$ 340 para os policiais rodoviários; R$ 401 para os servidores do INSS; e R$ 370 pagos pela Agência Brasileira de Informações (Abin), antigo SNI (Serviço Nacional de Informações).

As outras deficiências também estão bastante latentes e mostram uma realidade crua em Mato Grosso.

A primeira, que a PF-MT tem apenas 15 agentes federais para policiar os 740 quilômetros de fronteira seca em Cáceres (uma das maiores do país), que separam o estado do país vizinho da Bolívia – o equivalente a um agente para cada cinco quilômetros).

A segunda deficiência, também grave, veio à tona quando o procurador-geral do Ministério Público Federal em Mato Grosso, Pedro Taques, dispensou sua segurança pessoal por causa dos constantes enguiços da viatura que servia para o trabalho.

A terceira, ainda de acordo com Erlon Souza, está na relação entre os 21 delegados e os 600 policiais à disposição da Polícia Federal no estado – seria 1 delegado para cada 29 agentes.

“Enquanto precisamos de concurso público para agentes, o governo federal abriu vagas para delegados, sem falar que ele sempre fala em convocar as Forças Armadas ao invés de dar condições aos policiais federais. Não conseguimos entender esse gerenciamento por parte dele”, concluiu o presidente do sindicato.




Fonte: Assessoria/AL

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