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Educação/Vestibular
Quarta - 07 de Abril de 2004 às 08:40

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Brasília - Um dia depois de dizer que as faculdades particulares teriam de reservar vagas para negros, o ministro da Educação, Tarso Genro, recuou. O governo aposta que a população negra será atendida pelo programa Universidade para Todos, dispensando a reserva de vagas extras por critérios raciais nas particulares.

O Universidade para Todos deverá ser lançado na próxima terça-feira, por medida provisória. Já a política de cotas, que fixará um porcentual de vagas para negros nas universidades públicas, seguirá para o Congresso na forma de projeto de lei. A proposta final será preparada pela Secretaria de Promoção e Igualdade Racial e a Casa Civil e não tem data para ficar pronta. A idéia é que a política de cotas e o programa de vagas gratuitas para alunos carentes se complementem.

Com o Universidade para Todos, o Ministério da Educação pretende oferecer cerca de 75 mil vagas gratuitas em instituições filantrópicas e particulares, este ano, a alunos carentes com renda per capita mensal inferior a R$ 360 (um salário mínimo e meio). Em troca, o governo oferecerá isenções fiscais, exigindo que as universidades filantrópicas cedam ao programa 20% das vagas e as particulares, 10%.

Na segunda-feira, Tarso havia dito que, além das vagas para alunos carentes, o governo exigiria das particulares que aderirem ao Universidade para Todos uma reserva adicional para negros. Ontem ele esclareceu que o programa levará em conta a situação sócio-econômica dos estudantes. O ministério analisa a proporção de negros em cada Estado e estima que o Universidade para Todos, ao absorver a população pobre, atenderá também os negros.




Fonte: Demétrio Weber

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