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Policia MT
Sexta - 26 de Setembro de 2014 às 08:39

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Menos de um ano depois, o vendedor Douglas Claudino de Oliveira, 24, foi condenado a 12 anos e seis meses de prisão pelo assassinato de Gedson Rosa de Souza, executado com três tiros na cabeça e pela tentativa do irmão deste, o cabo do Exército, Juscelino Guedes Júnior. O crime ocorreu no dia 12 de outubro do ano passado no bairro Altos da Glória, Cuiabá e foi motivado por desentendimento envolvendo drogas. A condenação saiu anteontem à tarde no Tribunal do Júri da Comarca de Cuiabá presidido pela juíza Mônica Catarina Perri de Siqueira.

O julgamento não contou com a presença de duas testemunhas – uma pessoa que viu o vendedor atirando na vítima e o próprio cabo do Exército que se mudou de Cuiabá. Elas alegaram que estavam sofrendo ameaças por parte de traficantes e não iriam depor em juízo. Durante a prisão em flagrante, os dois foram ouvidos.

As provas técnicas – como laudo de necropsia e de local – foi o trunfo do Ministério Público, pois confirmaram o depoimento das testemunhas, sendo compatíveis com os depoimentos. Com isso, o MP conseguiu provar ao Tribunal do Júri que o suspeito praticou o assassinato.

O depoimento confere com o laudo de necrópsia que aponta que o tiro foi disparado a curta distância deixando o chamuscamento na vítima. A testemunha relatou que o autor encostou o revólver e atirou.

“Essa situação ilustra as dificuldades que enfrenta o Ministério Público em relação a testemunhas. Os traficantes enquadraram os depoentes a ficarem calados, mas não contavam com as provas técnicas”, destacou o promotor Criminal João Augusto Gadelha que atuou na acusação.

No entendimento do representante do Ministério Público, as testemunhas ao se sentirem ameaçadas, correm o risco de serem a próxima vitima.

Segundo ele, os traficantes, quando não são presos em flagrante, esvaziam a investigação criminal ameaçando testemunhas. Não sendo preso em flagrante, acabam negando o crime. Douglas alegou que agiu em “legítima defesa”, pois teria sido atacado pela vítima e, por isso, atirou de longe. O depoimento diferencia das provas técnicas.

O promotor assinalou que a sociedade faz o julgamento, através do Tribunal do Júri, de acordo com a sua consciência, independente de que forma as provas foram colhidas.

A sentença foi por homicídio qualificado – recurso que dificultou defesa por parte da vítima, mas houve uma atenuante, pois agiu sob forte emoção. Tanto vítima como autor estavam sob efeitos de drogas. A prisão ocorreu após uma pessoa contar para Juscelino que o irmão tinha sido baleado. Ao verificar, deparou com o Douglas, que ainda o baleou no braço. O irmão de Gedson correu até o posto da PM no Três Barras e os policiais prenderam o vendedor ainda com o revólver na mão.





Fonte: Do DC

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