Walace garante que não há fraude na Prefeitura de VG e vê exageros em operação

O pagamento de aproximadamente R$ 4,2 milhões para a empresa Carneiro e Carvalho Construtora LTDA obedeceu aos trâmites legais e foram efetuados após a execução das obras e serviços, medição e atestado pelo fiscal do contrato e de obras. A garantia partiu do prefeito Walace Guimarães (PMDB), de Várzea Grande, durante entrevista coletiva no final da tarde desta terça-feira (18), no Palácio Júlio Domingos Fiote de Campos, para esclarecer que não se considera suspeito com a ‘Operação Camaleão’, realizada pelo Grupo de Apoio e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em seu gabinete e órgãos da municipalidade.

“Creio que não exista motivo para suspeita de pagamento ilegal, porque tudo foi feito conforme a lei: licitação, ordem de serviço, planilhamento, ingresso no Geobras e atestado pelo fiscal do contrato; além disso, o nosso Aplic [contabilidade pública] é em tempo integral”, argumentou Walace Guimarães. Por isso, ele enxergou “certo exagero” no fato de alguns policiais que dão apoio ao Gaeco entrarem no Paço Couto Magalhães portando armamentos pesados, como metralhadoras e escopetas calibre 12, já que os secretários e servidores não represtariam risco letal aos agentes.

O chefe do Poder Executivo da Cidade Industrial explicou que passou toda documentação para o Tribunal de Contas do Estado e o Gaeco. Ele afiançuo que ainda mandou abrir sindicância interna para apurar o fato, desde maio, quando recebeu notificação do TCE sobre uma empresa considerada ‘sapataria’ prestar estar executando obras. A reportagem do Olhar Direto solicitou que o prefeito apresentasse o atestado das notas pagas, mas os documentos estariam no rol de materiais apreendidos pelo Gaeco.

Durante toda entrevista coletiva, o prefeito tomou o cuidado de não fazer qualquer insinuação sobre os comentários de bastidores, de que haveria conotação política na ação do Gaeco. Walace disse que a investigação em contratos é prática comum, em sua administração.

A Carneiro e Carvalho realizou obras para as Secretarias Municipais de Infraestrutura, Educação, Promoção Social, Obras e Serviços Públicos, entre outras. “Garanto a lisura de todo o processo. Os secretários são independentes. Os membros da Comissão de Licitação são os mesmos da administração anterior, devido à capacidade técnica reconhecida. Está tudo certo”, assegurou ele.

Prisão do irmão

Walace saiu em defesa de seu irmão, o médico Josias Santos Guimarães, preso por posse ilegal de armas. “Ele foi policial civil e, por certo, se acostumou com armamento. Além disso, o mandado de busca e apreensão era para a minha casa, Walace Guimarães, mas expedido no endereço dele. Gentilmente, ele permitiu que, mesmo em nome de outro, o mandado fosse cumprido”, pontuou Walace.

Josías Guimarães continua preso por posse ilegal de arma, posse de armas e munição de uso restrito e somente poderá ser liberado após à Justiça Estadual arbitrar fiança.