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Quarta - 19 de Novembro de 2014 às 09:11

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Raoni Ricci/Olhar Direto

O prefeito de Várzea Grande, Walace Guimarães (PMDB), chegou a poucos minutos a sede do Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público Estadual (MPE). Guimarães estava juntamente com o advogado José do Patrocínio. Ele irá acomanhar a ação de ‘deslacre’ de 20 computadores apreendidos durante a operação Camaleão. Quanto a ser alvo da investigação sob a suspeitas de participar do esquema de suposta fraude em processo licitatório, ele reiterou ser inocente e disse estar muito tranquilo.

"As investigações vão prosseguir e se ficar constatado qualquer irregularidade, nós vamos punir os responsaveis conforme manda a lei. Eu, particularmente, não conhecia essa empresa. Muito menos qualquer outra empresa que participe de processos licitatórios".

A ação, que teve como um dos alvos o gabinete do chefe do Executivo da cidade, apura crimes de peculato e corrupção envolvendo supostamente a empresa Carneiro e Carvalho Construtora LTDA, vencedora de certamente licitatório no valor de R$ 10,5 milhões em reformas de prédios públicos, além da realização de serviços de manutenção de obras civis, hidráulicas, de rede elétrica e serviço de manutenção e readequação viária em obras como drenagens, canteiros, rotatórias e praças. Seis meses antes do processo licitatório, a empresa apresentava-se como uma sapataria. A falta de capacidade técnica para execução dos serviços despertou a atenção do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que encaminhou denúncia para apuração do MPE.

Durante o cumprimento de onze mandados de busca e apreensão, o MPE apreendeu ainda dezenas de caixas com documentações diversas pertinentes as secretarias de Administração, Assistência Social, Saúde, Viação Obras e Turismo, Serviços Públicos e Transporte. Mandados foram cumpridos ainda no gabinete do prefeito, no depósito e na sede da empresa “Carneiro Carvalho”, em um escritório de contabilidade e em duas residências.

“Todo esse material arrecadado será analisado e quem tiver responsabilidade nesse elo criminoso vai ser responsabilizado para que esse mal endêmico que é a corrupção possa sair do noticiário brasileiro”, ressaltou o coordenador do Gaeco, promotor de Justiça Marco Aurélio de Castro.

Segundo ele, as fraudes vinham sendo cometidas nas áreas de execução de contratos e em obras de edificações e reformas. Além de atestados falsos para habilitação no processo licitatório, foram verificadas irregularidades na execução dos contratos. “O próprio Tribunal de Contas do Estado já havia deliberado em suspender o pagamento desses contratos e paralelamente a isso o Ministério Público por meio do Gaeco e Naco vinham investigando o perfil criminoso de quem estava gerindo esse contrato e de quem estava retirando o dinheiro ilicitamente do município de Várzea Grande”, acrescentou o promotor de Justiça.

Após a análise dos documentos apreendidos, o MPE dará início às oitivas e interrogatórios dos investigados.





Fonte: Olhar Direto

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