Marcos Assunção pede "time pequeno" e diz ter vergonha de sair na rua

A situação desesperadora do Palmeiras no Campeonato Brasileiro atinge o lado pessoal das pessoas que trabalham diariamente no clube. Diretores e principalmente jogadores não escondem o abatimento pela séria ameaça de rebaixamento na elite do futebol nacional. A crise ocorrida dentro de campo não permite, segundo o capitão Marcos Assunção, aos atletas sequer cumprir atividades rotineiras. Não por ameaça, mas, sim, por vergonha da situação.

"Eu tenho vergonha de sair da minha casa. Sair para qualquer lugar. Agora não saio até com meu filho, com minha filha, prefiro ficar em casa, porque tenho vergonha pela situação que estamos vivendo, pelo trabalho que estamos fazendo que não é bom. Para mim é muito difícil", afirmou o volante palmeirense, visivelmente abatido pelo péssimo momento do time.

Com apenas 20 pontos conquistados depois de 25 rodadas, o Palmeiras possui uma desvantagem de oito em relação ao Flamengo, primeiro clube fora da zona de rebaixamento. Restando 13 rodadas para o final da competição, Marcos Assunção pede uma mudança imediata para a equipe, abdicando até mesmo da filosofia de um grande clube como o time alviverde.

"Vamos ter que jogar como se fosse time pequeno. Jogar fechadinho e, em uma ocasião ou outra, fazer o gol. Não podemos tomar gol. Para não tomar gol, a melhor opção é jogar fechadinho e ter atenção. Isso é o que teremos que fazer daqui para frente", opinou o camisa 20.

O primeiro desafio do Palmeiras como "time pequeno", como afirmou Assunção, está marcado para o próximo sábado. A partir das 18h30 (de Brasília), a equipe de Palestra Itália terá um decisivo duelo contra o Figueirense, rival direto na briga para evitar o rebaixamento, no Orlando Scarpelli. O time alvinegro soma 22 pontos na tabela de classificação.