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Quarta - 29 de Julho de 2015 às 08:58

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Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Tem pessoas que acham que me execrando vão fazer média com Taques, avalia Riva sobre antigos aliados

A prisão, os novos processos e a perda do poder trouxeram um novo momento na vida do ex-presidente da Assembleia Legislativa José Riva (PSD). Menos de um mês após sair pela última vez do Centro de Custódia de Cuiabá (CCC), unidade para presos com nível superior que fica no bairro Carumbé, na capital, Riva avaliou, em entrevista, a repercussão dessas mudanças entre seus antigos aliados.


O ex-deputado diz ter percebido que muitos companheiros políticos e amigos viraram as costas para ele – em especial, notou que muitos tomaram essa atitude em uma tentativa de se aproximar do governador Pedro Taques (PDT), seu rival político, por acreditarem que dessa forma teriam mais acesso a ele.

“Muitas pessoas estiveram próximas de mim e mudaram de posição. Acho um oportunismo muito grande. As pessoas têm livre arbítrio para tomar posição. Mesmo aquelas que querem se aproximar do governador Pedro Taques. Mas algumas pessoas acham que me execrando vão fazer média com o governo. Podem fazer. Estão livres para fazer isso”, declarou.

Apesar de não esconder o desapontamento, Riva afirma que isso não afeta sua vida. “Não tenho que ficar debruçado chorando porque fulano até ontem vivia abraçado comigo e agora está do outro lado querendo me prejudicar. Não ligo para essas coisas. Eu posso garantir que isso não vai mudar nada. Cada um procura o caminho que achar melhor e responde pelos seus atos”, afirmou.

Por outro lado, José Riva conta ter recebido também demonstrações de solidariedade de diversas pessoas, inclusive algumas inesperadas. “Muitos me apoiaram também, nesse momento, então não posso ficar chorando. Tem gente que eu não esperava nunca que me apoiasse, e foi me oferecer apoio no Centro de Custódia. Quando eu saio na rua, muitas pessoas me abraçam e falam ‘deputado, nós sabemos que o senhor não é esse monstro’. E não sou mesmo. Quem me conhece sabe quem eu sou. Eu não roubei”, disse.

Operações e prisão

José Riva concluiu o quinto mandato consecutivo de deputado estadual em 28 de janeiro deste ano. No dia 21 de fevereiro, foi preso pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), na Operação Imperador, por ordem da juíza Selma Rosane Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, e passou 123 dias na cadeia. Ele foi acusado de comandar um esquema que teria desviado R$ 62 milhões do Poder Legislativo entre 2005 e 2009. Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), a fraude teria ocorrido por meio de falsas aquisições envolvendo empresas de fachada.

O ex-deputado foi solto no dia 24 de junho, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), e uma semana depois, em 1º de julho, foi novamente preso, na Operação Ventríloquo, também do Gaeco, que investiga a suspeita de fraude de R$ 10 milhões na Assembleia Legislativa. Dessa vez, porém, ele passou menos de 24 horas na prisão. Atualmente, José Riva é monitorado pelo sistema prisional por uma tornozeleira eletrônica.





Fonte: Olhar Direto

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