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Educação/Vestibular
Quinta - 01 de Dezembro de 2016 às 16:24
Por: Camila Cecílio | Educação

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O secretário de Estado de Educação, Esporte e Lazer, Marco Marrafon, iniciou nesta semana mais uma rodada de diálogo com diretores e assessores pedagógicos de 15 escolas estaduais que estariam, segundo critérios do Ministério da Educação (MEC), aptas a receber uma nova modalidade de ensino médio, em tempo integral.

De acordo com o secretário, todos os projetos inovadores que a Seduc-MT pretende implementar passam pelo apoio fundamental dos diretores e assessores pedagógicos. “São eles que colocam os projetos em prática e conhecem a realidade de cada escola. A opinião e o apoio deles são fundamentais”, disse Marrafon.

Numa primeira reunião, que durou cerca de três horas, o secretário e a equipe técnica responsável pelo projeto apresentaram as ideias que norteiam as Escolas em Tempo Integral (ETI), ouviram sugestões e esclareceram as dúvidas de todos os profissionais. Ao todo, cerca de 50 pessoas participaram do debate.

Mato Grosso conta, atualmente, com quatro escolas estaduais com ensino médio integral, sendo duas em Cuiabá e duas em Rondonópolis. A proposta, que ainda está em fase de discussão, é ampliar significativamente esse número nos próximos dois anos, por meio do Programa de Fomento à Implementação de Escolas em Tempo Integral, instituído pela Portaria nº 1.145 de 10 de outubro de 2016, do Ministério da Educação (MEC). As escolas que aderirem ao projeto terão a aporte anual de R$ 2 mil por aluno.

“Só ofereceremos o ensino integral se pudermos oferecê-lo com qualidade. Esse é o princípio que norteia o projeto que, aliás, está sendo construído a partir do que foi colocado como meta no Plano de Governo do governador Pedro Taques”, informou o secretário.

A oferta de Educação em Tempo Integral, de acordo com as políticas públicas de Educação Básica e, em especial, com a aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE) 2014-2024, tem como objetivo repensar a prática pedagógica, a organização curricular e redimensionar o tempo e os espaços escolares no sentido de estabelecer uma política educacional voltada à ampliação de oportunidades de aprendizagens, o que já vem ocorrendo na Escola Estadual José de Mesquita.

Localizada no bairro Porto, em Cuiabá, a unidade passou a funcionar em período integral no início deste ano e conta com 250 alunos. A diretora Creuza Barros contou, durante a reunião, que os resultados positivos já são perceptíveis para todos que ali trabalham e estudam.

Ao compartilhar a experiência, destacou que o ensino integral possibilitou mais tempo de aula para os alunos e, também, para os professores, uma vez que agora os docentes têm tempo disponível para trabalhar as dificuldades de cada aluno, o que não ocorria antes, segundo ela.

“Hoje temos aulas de campo e projetos inovadores sendo desenvolvidos na escola. Isso é muito estimulante, porque percebemos que o aluno está gostando da escola integral, do professor e do atendimento do professor. Tudo isso tem levado a melhores resultados. Creio que neste ano teremos um índice mínimo de alunos reprovados. Escola em tempo integral é um sonho que está sendo concretizado na nossa escola”, disse a diretora.

A assessora pedagógica Erotilde dos Santos Guirra Rosa, que atua em Cuiabá, contou que acompanhou toda a implantação do ensino em tempo integral na EE José de Mesquita. Lembrou que o entusiasmo com a mudança surgiu no primeiro momento, ponto determinante para o sucesso de todo o projeto.

“Nós abraçamos essa causa com muito amor, apostando e acreditando numa escola que faça a diferença na vida e na aprendizagem de nossos alunos. O diferencial é o projeto de vida deles, que não fica só na escola, é um projeto de vida que é transferido para a sua família, para a comunidade e para os futuros profissionais que eles serão”, observa.

Também assessor pedagógico de Cuiabá, Paulo Henrique Alves Machado, responsável pela Escola Estadual Nilo Póvoas, vê com otimismo a possibilidade da unidade passar a atender em período integral. “O projeto é muito bem-vindo, sobretudo nessa escola que, além de ter uma história interessante, é robusta em termos estruturais. Há muito o que se arrumar, mas tem estrutura física interessante que comporta um projeto desse tipo”, garante.

O secretário Marco Marrafon ouviu todos os diretores e assessores pedagógicos, que puderam comentar sobre o projeto e ter suas dúvidas esclarecidas. “A reunião foi muito exitosa. Demos o primeiro passo para esclarecer os pontos acerca do programa de implantação das escolas de ensino integral. Esse é um ponto muito importante para dar segurança, acalmar a rede e mostrar que o objetivo é melhorar e transformar a educação pública”, afirmou.

Marrafon também adiantou que nada será imposto, mas sim discutido com a comunidade escolar. Novos encontros serão agendados para tratar individualmente com a equipe de cada escola a respeito das condições específicas de cada unidade. “Estamos avançando e contamos muito com vocês”, completou.

A gestora do projeto das ETI na Seduc-MT, Célia Margarida de Campos Leite, explicou que logo que a portaria do MEC foi publicada, em outubro, pelo Governo Federal, a Secretaria de Educação se mobilizou para fazer o levantamento das escolas que poderiam receber o ensino integral, conforme determina o documento. O próximo passo, de acordo com ela, é avaliar a infraestrutura das escolas e continuar a discussão com a comunidade escolar.





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