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Saúde
Sexta - 13 de Novembro de 2020 às 15:50
Por: Da Assessoria

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Vista embaçada, sede em excesso ou, até nenhum sintoma. Assim pode se apresentar a diabete, de forma assintomática ou com picos de sintomas que podem se tornar muito graves. Pensando nisso, o Conselho Regional de Farmácia de Mato Grosso (CRF-MT) alerta para o cuidado com a doença.

De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Diabetes e o Ministério da Saúde, o Brasil tem hoje mais de 16 milhões de pessoas vivendo com diabetes. O país é quarto com maior número de casos da doença no mundo, que responde também pela quarta maior causa de mortes. A doença já atinge mais de 400 milhões de pessoas no mundo, causando mais de 5 milhões de mortes anuais.

Preocupado em orientar a população o Conselho entrevistou a farmacêutica Marinette Borges, no Dia Mundial do Diabetes (14.11) para falar sobre o assunto.

Marinette destaca que o aumento da prevalência do diabetes está associado a diversos fatores, como rápida urbanização, transição epidemiológica, transição nutricional, maior frequência de estilo de vida sedentário, maior frequência de excesso de peso, crescimento e envelhecimento populacional e, também, à maior sobrevida dos indivíduos com diabetes.

A diabetes se divide em duas categorias, os tipos 1 e 2. A primeira é uma forma de diabetes relacionada ao sistema autoimune, em geral identificada na infância ou adolescência. As células responsáveis pela defesa do organismo acabam atacando outras, capazes de sintetizar insulina, por causa de um defeito no sistema imunológico.

Os pacientes diagnosticados com essa variação são chamados de insulinodependentes, pois precisam fazer uma reposição da insulina, além de se tratarem com outros medicamentos, adotarem alimentação balanceada e realizarem atividade física.

Na diabetes do tipo 2, a administração de insulina é necessária apenas em alguns casos. A maior incidência de diabetes se concentra nesse grupo, que é quando o organismo não produz insulina suficiente para controlar a taxa de açúcar no sangue, ou não é capaz de usar adequadamente a que produz.

Quais são os primeiros sintomas?

Os sintomas variam. Como por exemplo na DM2, estes sintomas são inicialmente silenciosos e podem passar desapercebidos pelos pacientes, já os da DM1 são mais graves e de fácil percepção.

Porém, os sintomas iniciais da diabetes que podem servir de alerta são como por exemplo a poliúria que consiste na vontade constante de urinar conjunta com a polidipsia que por sua vez é excessiva sensação de sede e polifagia, a sensação de fome excessiva. Outros sintomas inicias são o cansaço e falta de energia, visão embasada, perda de peso, infecções frequentes entre outros.

É possível um pré-diabético evitar a doença somente com uma alimentação adequada?

Sim e não. A alimentação adequada é um aliado importantíssimo para o controle da pré-diabetes. Uma alimentação saudável e balanceada ajuda na perda de peso tornando as chances de desenvolver a DM2 60% menores. Mas é necessário reforçar que esta mudança de alimentação deve ter acompanhamento de um profissional nutricionista e também a avaliação de um médico.

Ademais esta mudança na alimentação sozinha pode não ser suficiente para controlar os níveis de glicose no sangue, sendo necessário também à adoção de exercícios físicos, a redução do consumo de bebidas alcoólicas e também eliminar o tabagismo.

Em que idade ou fase da vida normalmente as pessoas descobrem que têm diabetes?

Estes valores diferem dependendo do tipo de diabetes que estamos falando. Em relação a diabetes do tipo 1, por ter sintomas mais perceptíveis e também mais graves o diagnóstico é mais precoce, se manifestando abruptamente em crianças e adolescentes. Já a diabetes tipo 2 costuma se manifestar após os 40 anos de idade.

Quais são os alimentos mais indicados para quem tem diabetes?

A dieta do pré-diabético, em geral, deve ser equilibrada, mantendo-se em mente os alimentos que podem provocar alterações nos índices glicêmicos. Alguns alimentos podem auxiliar na diminuição destes níveis, mas sempre mantendo em mente que a alimentação como um todo deve ser saudável, não dependendo apenas destes alimentos. Tendo isto em mente alguns dos alimentos que podem auxiliar na diminuição dos valores glicêmicos são: Legumes e verduras, por serem ricos em fibras e nutrientes, muito importantes para uma alimentação equilibrada, gorduras saudáveis como abacate, amêndoas, castanhas e peixe, canela por aumentar a sensibilidade à insulina e auxiliar no combate ao colesterol ruim, entre outros alimentos.

Qual a importância do farmacêutico na prevenção do diabetes?

O farmacêutico possui uma ótima posição para fazer a diferença educando o paciente na prevenção da doença e também na promoção de saúde, auxiliando o controle da diabetes, ele pode identificar os sintomas iniciais de seu paciente avaliando seu quadro e observando a necessidade de encaminhamento para outros profissionais da saúde, além de também compartilhar orientações para prevenção e controle do quadro.

Como ele pode orientar as pessoas? E no caso de quem já foi diagnosticado com diabetes, quais as orientações?

O farmacêutico pode com um rastreamento identificar a situação do paciente e atuar no tratamento com orientações e promovendo a saúde. Para pré-diabéticos e também pessoas já diagnosticas com diabetes ele pode também estimular o paciente a seguir as orientações físicas e nutricionais, promovendo a adesão do paciente ao seu tratamento. Ele também pode atuar orientando-os nos aspectos relacionados ao uso correto e racional dos medicamentos.

Onde ele deve ir buscar atendimento?

Qualquer farmácia que possuí um farmacêutico clínico ou profissional especializado, preferencialmente um local que possua um consultório farmacêutico que pode assegurar a privacidade do paciente.





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