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Meio Ambiente
Quinta - 05 de Agosto de 2021 às 13:39
Por: Por G1 MT

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MT tem redução em 29% no foco de calor — Foto: ICV
MT tem redução em 29% no foco de calor — Foto: ICV

orial do ICV, Vinícius Silgueiro, alerta que os dados não significam um período proibitivo menos preocupante neste ano.

O especialista ressalta as características da seca neste ano do estado, que tem potencial de tornar o cenário de incêndios florestais crítico.

Área

Uma análise do Instituto Centro de Vida baseada em dados da plataforma Global Fire Emission Database (GFED)/NASA (National Aeronautics and Space Administration) mostra que a área atingida pelos incêndios florestais em Mato Grosso neste ano é de 935,2 mil hectares.

Os dados da plataforma possibilitam uma espacialização da área atingida, o que torna possível uma estimativa da área e não limitada ao número de focos de calor.

Vinícius explica que ainda não é possível realizar um comparativo preciso com a situação registrada pela plataforma no ano passado.

A área incendiada em Mato Grosso de janeiro até 1º de agosto equivale a três vezes a área da capital, Cuiabá, e a seis vezes a do município de São Paulo.

Do total, 72% dessa área incendiada teve início antes do decreto de proibição, ou seja, até o dia 30 de junho. Já 261,5 mil hectares queimados foram iniciados no período proibitivo, que começou em no 1º de julho.

Os resultados mostram que ao menos 28% de toda área queimada no estado em 2021 resultou de atividade ilegal, visto que as medidas governamentais proíbem qualquer uso de fogo na área rural durante este período, cujas chances de alastramento do fogo são altas devido à seca e condições meteorológicas.

A categoria fundiária com maior incidência de áreas atingidas pelo fogo foi a de imóveis rurais inscritos no Cadastro Ambiental Rural (CAR), responsável por 62% da área queimada, seguida pelas terras indígenas (TIs) e pelas áreas não cadastradas


A TI com a maior área afetada por incêndios foi a Paresi, com cerca de 37 mil hectares queimados. Sozinha, a área responde por 22% do total afetado pelo fogo em TIs em Mato Grosso.

As terras indígenas (TIs) Parque do Xingu e Parabubure figuram como a segunda e terceira mais atingidas com 25,9 mil hectares e 15,7 mil hectares, respectivamente.

As unidades de conservação (UCs) de proteção integral e domínio público tiveram queimada área de 6,6 mil hectares, o que representa 1% do total atingido pelo fogo em Mato Grosso em 2021.

Do total, o Parque Estadual Cristalino II, localizado na região amazônica do estado, respondeu por 35% do atingido pelo fogo, em áreas que incidiram em imóveis rurais inscritos no CAR e sobrepostos ao parque.

Entre os biomas, 63% das ocorrências (588,2 mil hectares) se concentraram no bioma Amazônia, seguida do Cerrado com 35% (329,2 mil hectares) e do Pantanal com 2% (17,7 mil hectares).

No ranking dos municípios com maior área incendiada, lidera Paranatinga, com 57,1 mil hectares atingidos pelo fogo, seguida por São Félix do Araguaia, Tangará da Serra, Gaúcha do Norte e Juara.

Juntos, os cinco municípios representam 22% do total de área atingida pelo fogo em Mato Grosso até 1 de agosto.





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