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Educação/Vestibular
Terça - 15 de Novembro de 2022 às 09:16
Por: Joanice de Deus/Diário de Cuiabá

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Midia News
Proposta das ruas 1.000 polícias militares para atuarem como vigilantes das unidades escolares
Proposta das ruas 1.000 polícias militares para atuarem como vigilantes das unidades escolares

Aprovado em primeira votação pela Assembleia Legislativa (AL) no dia 9 deste mês, o Projeto de Lei (PL) 355/2021, que permite o uso de armas e detectores de metal por agentes de segurança nas escolas da rede estadual de Mato Grosso, é alvo de críticas por parte do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep-MT).

A proposta é de autoria do deputado bolsonarista Gilberto Cattani (PL), que tenta emplacar o policiamento armado na entrada e saída dos estudantes e dos profissionais da Educação.

Para o Sintep-MT, trata-se de mais uma possível legislação inconstitucional, apresentada sob a justificativa de uma onda de violência nas unidades públicas, mesmo sem a apresentação de dados concretos sobre a realidade estadual.

“O projeto de lei, além de inconstitucional, por apresentar despesas para os governantes, não aponta a fonte de recurso para custeio de tal ação. Bem como retira das ruas praticamente 1.000 polícias militares para atuarem como vigilantes das unidades escolares”, disse o presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira.

Por meio da assessoria de imprensa, o sindicalista observu ainda que o projeto foi elaborado sem nenhum diálogo com as partes envolvidas.

E mesmo reconhecendo a necessidade de segurança nas unidades escolares públicas, o entendimento é de que a ação deve ser feita com pessoal efetivo, com vínculo com a unidade escolar e profissionalizado, para não equiparar as unidades aos sistemas prisionais e equacionar os estudantes como bandidos e delinquentes.

“Não descartamos a importância de alguns aparatos, como as câmeras de monitoramento, mas elas não substituem o olhar e a sensibilidade desses profissionais que têm integração direta com estudantes e educadores, assegurando que haja certo controle do fluxo de pessoal no espaço escolar”, analisou, afirmando que o sindicato se coloca à disposição para o diálogo.

Valdeir Pereira lembrou ainda que a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), por nota, suspendeu todos os tipos de contratações dos trabalhadores da Educação para a função de vigilantes para 2023 e, desde 2019, tem dificultado a contratação de agentes de pátio.

Autor da proposta, Cattani argumenta que o projeto “possui como objeto primordial o zelo para com a vida dos alunos e professores das escolas públicas do Estado de Mato Grosso, sem prejuízo dos cuidados com a vida de todos os demais envolvidos no ambiente escolar, e os terceiros que ali transitam”.

O deputado alega também que a preocupação tem tomado assento nas reuniões de pais, professores e autoridades no âmbito estadual, até por conta de atentados registrados nos municípios de Suzano (SP) e de Saudade (SC).

“Ocorre que tem se tornando premente a necessidade de se ter segurança no local escolar, para coibir ou, até mesmo, inibir a maldade das pessoas para com o corpo docente e discente”, argumenta.

Outro ponto importante, segundo ele, é a instalação das câmeras de vigilâncias.

“São meios eficientes de verificação de cenários, para construir estratégias que inibam e/ou coíbam práticas delitivas, fazendo com que aquele que detém o pensamento deturpado de agir às avessas da lei, pense duas vezes antes de fazê-lo”, diz um trecho do PL, que segue para segunda votação na AL.





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