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Educação/Vestibular
Quinta - 08 de Dezembro de 2022 às 11:21
Por: Joanice de Deus/Diário de Cuiabá

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Os cortes sofridos pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), ao longo deste ano, acarretam um déficit financeiro para pagamento das despesas liquidadas, a curto prazo, na ordem de R$ 5,2 milhões.

Atualmente, a UFMT tem apenas cerca R$ 10 mil em conta para o pagamento de despesas, incluindo as mais de 1.700 bolsas de estudantes em vulnerabilidade socioeconômica, o que soma um montante de mais de R$ 564 mil.

Diante da situação alarmante pelo acumulado dos meses de novembro e dezembro, na segunda-feira (5), a UFMT encaminhou ofício ao ministro da Educação, Victor Godoy Veiga, solicitando o desbloqueio de recursos orçamentário-financeiros, sob pena de não pagamento de despesas essenciais e, consequentemente, a paralisação dos serviços, o não repasse de bolsas e auxílios aos estudantes e o pagamento de juros/multas pelo atraso.

O atual cenário, inclusive, foi discutido durante reunião entre a reitoria e representantes dos servidores docentes, técnicos-administrativos e dos estudantes da instituição de ensino federal, na tarde da última terça-feira (6).

No encontro, o reitor Evandro Soares da Silva apresentou a real situação quanto a retirada de mais recursos financeiros, ocorrida no último dia 1º deste mês.

A exemplo do cenário vivenciado pelas demais universidades e instituto federais brasileiros, os cortes adotados pelo Governo Federal impactam diretamente no funcionamento da universidade, incluindo, contratos de trabalho e auxílios estudantis.

Com os bloqueios, a UFMT não conseguirá pagar as bolsas e auxílios estudantis do mês de dezembro e nenhum dos serviços já executados (liquidados) no mês de novembro, como restaurante universitário, limpeza, segurança, motorista, jardinagem, energia elétrica, água, telefone e internet.

Por meio da assessoria de imprensa, a universidade informou que “os pagamentos desses serviços são essenciais para o funcionamento da universidade”.

Conforme dados da instituição, somente para o pagamento de cerca de 1.700 bolsas e auxílios a estudantes dos campi de Cuiabá, Várzea, Grande, Sinop e Araguaia (unidades de Barra do Garças e Pontal do Araguaia), é necessário o montante de R$ 1 milhão.

E os contratos que podem ficar sem pagamento são da ordem de aproximadamente R$ 3,2 milhões.

“O quadro é preocupante e exige medidas duras, pois não se trata somente de um problema interno orçamentário, mas sim de repasse financeiro”, disse o reitor.

Ainda, segundo a assessoria, com a liberação pelo Ministério da Educação (MEC) de apenas 30% do financeiro que estava liquidado no mês de novembro, ficou a promessa de que o restante viria no início do mês de dezembro.

Com os últimos bloqueios, a UFMT está com um déficit financeiro para pagamento das despesas liquidadas, a curto prazo, na ordem de R$ 5,2 milhões.

A reitoria da UFMT destacou, ainda, que, ao lado da Associação Nacional de Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), tem atuado, junto aos Ministérios da Educação e da Economia e ao Congresso Nacional, de modo que possa reverter a gravíssima situação em que as universidades e institutos federais se encontram.





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