Por ordem de Moraes, grupo terá que deixar frente da 13ª Brigada Ministro do Supremo fez a determinação após a invasão dos três Poderes, em Brasília

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu prazo de 24 horas para que as Forças de Segurança desocupem acampamentos bolsonaristas em frente a quartéis do Exército.

Em Mato Grosso, os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estão acampados há cerca de três meses em frente à 13ª Brigada de Infantaria Motorizada, na Avenida Historiador Rubens de Mendonça, em Cuiabá.

No local eles montaram diversas barracas e bloquearam com cones uma pista da Avenida. Além disso, os manifestantes também colocaram faixas no local com os dizeres: "Todo poder emana do povo" e “S.O.S Forças Armadas”.

O ministro ainda determinou a prisão em flagrante dos participantes que não quiserem se retirar do local.

As pessoas detidas poderão ser autuadas pelas práticas previstas nos artigos 2ª, 3º, 5º e 6º, atos terroristas, inclusive preparatórios, da Lei nº 13.260, de 16 de março de 2016, dentre outros crimes.

A operação de desocupação deverá ser realizada pela Polícia Militar dos Estados e do Distrito Federal em todo o País, com apoio da Força Nacional e da Polícia Federal, caso seja necessário.

Grupo se concentra em frente a 13ª Brigada, em Cuiabá

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Segurança do Estado de Mato Grosso e questionou sobre o prazo para o cumprimento da determinação. No entanto, a Pasta não respondeu até a publicação da matéria.

Invasão em Brasília

As determinações do Supremo ocorrem após um grupo de extremistas invadirem áreas do Congresso, do Palácio do Planalto e do STF (Supremo Tribunal Federal) na tarde deste domingo (8), em Brasília.

No início da tarde, o grupo de centenas de manifestantes vindos do acampamento diante do Quartel-General do Exército chegou à Esplanada dos Ministérios e se concentrou em frente ao Ministério da Justiça.

O grupo invadiu a parte superior e a área interna do Congresso e, em seguida, avançou para a Praça dos Três Poderes. Depois se dirigiram ao STF e o Palácio do Planalto.