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Domingo - 29 de Junho de 2025 às 07:38
Por: Joanice de Deus/Diário de Cuiabá

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No Estado, a média de filhos por mulher em idade reprodutiva, chamada de taxa de fecundidade total (TFT), ficou em 1,85 filho
No Estado, a média de filhos por mulher em idade reprodutiva, chamada de taxa de fecundidade total (TFT), ficou em 1,85 filho

Mato Grosso acompanha tendência nacional de adiamento da maternidade.

É o que apontam os dados do Censo Demográfico de 2022, divulgados na sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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No Estado, a média de filhos por mulher em idade reprodutiva, chamada de taxa de fecundidade total (TFT), ficou em 1,85 filho.

Contudo, Mato Grosso permanece entre as seis unidades da Federação com os maiores indicadores do país, cuja estimativa vem decrescendo desde a década de 1960, quando a média era de 6,28 filhos por mulher.

Esse número caiu para 1,90 em 2010 e para 1,55 filho em 2022.

Os outros cinco estados são Roraima (2,19); Amazonas (2,08), Acre (1,90), Amapá (1,89), Pará (1,83) e Mato Grosso do Sul (1,83).

As mato-grossenses também estão engravidando mais tarde.

No Estado, a idade média em que as mulheres têm crianças subiu para 27,4 anos, em 2022.

Em 2010, essa média era de 25,9 anos — um aumento de 1,5 ano.

No país, passou de 26,3 anos em 2000 para 28,1 anos em 2022.

Entre os estados, a idade média de fecundidade mais alta foi a do Distrito Federal (29,3 anos) e a mais baixa, do Pará (26,8 anos).

Outro dado que reforça o adiamento da maternidade é o crescimento no percentual de mulheres de 50 a 59 anos que não tiveram filhos.

No país, esse índice era de 10,0% em 2000 e subiu para 16,1% em 2022.

“A análise da fecundidade das mulheres acima de 50 anos é interessante porque, a partir dessa idade, as chances de se ter um filho nascido vivo se reduz ainda mais e é possível conhecer, assim, o resultado completo do período reprodutivo dessas coortes de mulheres”, destaca o IBGE.

No território mato-grossense, esse público representava 8,3%. Em 2022, saltou para 13,6%.

“O número médio de filhos tidos nascidos vivos por esse grupo de mulheres é considerado um indicador de fecundidade acumulada de suma importância porque mostra, de forma concreta, quantos filhos as mulheres efetivamente tiveram ao longo do período reprodutivo”, reforça o órgão..

O censo também traz a taxa de fecundidade por cor ou raça.

Neste caso, em nível nacional, a maior TFT foi a das mulheres pardas (1,68 filho) e a menor, a das mulheres brancas (1,35). Entre as mulheres pretas foi 1,59.

Quanto ao nível de instrução, a pesquisa mostra que em relação àquelas sem instrução ou com ensino fundamental incompleto essa média foi de 2,01 filhos por mulher, acima da média do país (1,55).

Já as mulheres com ensino superior completo tinham a menor TFT: 1,19 filho por mulher.

Entre os grupos de religião, a menor TFT foi a das mulheres espíritas (1,01) e a segunda menor, a das mulheres da umbanda e candomblé (1,25).

As mulheres de outras religiosidades (1,39), sem religião (1,47) e católicas (1,49) tiveram taxas semelhantes e ainda abaixo da média do país (1,55).

O único grupo com TFT acima da média foi o das mulheres evangélicas (1,74).





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