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Politica Brasil
Sexta - 06 de Julho de 2012 às 09:50

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A CPMI do Caso Cachoeira aprovou, nesta quinta-feira (05.07), a convocação do ex-dono da Delta Construções S/A, Fernando Cavendish, e do ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antonio Pagot. O senador Pedro Taques (PDT-MT), que tem feito críticas contundentes à morosidade na convocação dos dois, afirmou que os depoimentos podem auxiliar nos trabalhos do colegiado. As datas ainda não foram definidas.


"Não há como não ouvirmos Pagot e Cavendish. Essa CPI estaria se desmoralizando. Pagot deve explicar quem integrou esquema de ‘caixa 2’ em campanha e Cavendish quem é o senador que ele compra por R$ 6 milhões”, afirmou o mato-grossense. Pedro Taques defendeu a convocação de Pagot e Cavendish em todas as reuniões da CPI, inclusive nos encontros entre os líderes partidários.
Licenciado da presidência do conselho de administração da Delta desde abril deste ano, Fernando Cavendish comandava uma das maiores empreiteiras do país, apontada pela Polícia Federal como braço essencial do esquema de corrupção do contraventor Carlos Cachoeira. Pedro Taques lembrou que, nos últimos anos, a Delta recebeu R$ 4 bilhões do governo, principalmente por meio do Dnit.

Em declarações à imprensa, Luiz Pagot, pôs-se à disposição para ir à CPI dar detalhes sobre a insistência da Delta em conseguir contratos no Dnit. Ele denunciou ainda esquemas de "caixa 2” em campanhas do PSDB e disse que intermediou doações de empreiteiras a campanhas do PT.

"Agora sim, passamos a investigar as relações da empreiteira Delta com agentes públicos, objeto desta CPI”, finalizou Pedro Taques.

Na mesma sessão, os membros da CPMI também aprovaram a convocação do prefeito de Palmas (TO), Raul Filho (PT). Ele aparece em um vídeo, recentemente divulgado pela imprensa, negociando o financiamento de sua campanha com Carlinhos Cachoeira em 2004. Em troca do apoio financeiro, o prefeito petista favoreceria a organização criminosa em contratos com a administração da capital de Tocantins. O depoimento dele já foi marcado para a próxima terça-feira (10.07).

Outros nomes aprovados nesta quinta-feira para prestar esclarecimentos à CPI:

*Adir Assad: empresário que atua nos segmentos de construção civil e eventos. Suas empresas, entre as quais a SM Terraplenagem, teriam recebido cerca de R$ 50 milhões da Delta.

*Paulo Augusto Moreira: vai à CPI na condição de convidado. Juiz da 11ª Vara Federal em Goiânia, atuou na operação Monte Carlo e se afastou do caso após denunciar ter sido alvo de constantes ameaças.

*Andréa Aprígio de Souza: ex-mulher de Carlos Cachoeira, seria usada como laranja do grupo, com patrimônio e movimentação financeira incompatíveis com o rendimento.

* José Augusto Quintela e Romênio Marcelino Machado: ex-sócios da Sigma Engenharia e Consultoria, empresa que serviria de fachada para as operações da Delta. Foram eles quem gravaram conversas de Cachoeira afirmando que poderia comprar um senador com R$ 6 milhões.






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