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Educação/Vestibular
Quarta - 09 de Maio de 2012 às 18:19

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Professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) vão votar na próxima segunda-feira, dia 14 de maio, às 14h, em assembleia geral, sim ou não pela greve já indicada para o dia 17 de maio.
 
Na última reunião das Instituições de Ensino Superior (IFES), dias 21 e 22 de abril, no Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), em Brasília, das 35 instituições presentes, 27 informaram que também estão com indicativo de greve aprovado para o dia 17.
 
Outra reunião das IFEs será realizada no próximo sábado, dia 12, e a expectativa é que a adesão aumente significativamente.
 
A categoria cobra do Governo Federal que cumpra acordo assinado em abril de 2011. O acordo garante reajuste salarial de 4%, incorporação da Gratificação Específica do Magistério Superior (Gemas) e reestruturação da Carreira Docente.
 
O prazo máximo para o cumprimento do acordo seria 31 de março. Mas essa data passou e nenhum dos pontos foi cumprido.
 
Os professores das federais também querem sensibilizar a opinião pública para a desvalorização dessa carreira que já teve status e respeito, mas há mais de 20 anos vem sendo negligenciada por todos os governos, por isso está no chão da pirâmide hierárquica do serviço público federal. O menor salário do docente federal hoje é R$ 557, 51, por 20 horas.
 
Conforme o presidente da ADUFMAT S.Sind, professor Carlinhos Eilert, “o Governo está enrolando a categoria”.
 
Os professores da UFMT estão construindo uma pauta interna, com especificidades locais. Eles reivindicam melhorias do Restaurante Universitário (RU) e da Biblioteca Central. Pedem investimentos nos cursos de pós-graduação, especialização, mestrado e doutorado. Criticam o modelo produtivista que contaminou a produção intelectual na UFMT, que está, muitas vezes, a serviço de empresas e não da sociedade. Critica também as terceirizações do trabalho na Universidade e as regras do estágio probatório aplicadas aos concursados. A categoria também cobra autonomia universitária, para que não fique atrelada a politicagens, e democracia nas relações internas. Quer ainda o respeito ao Estatuto da instituição, principalmente no ponto em que estabelece a realização de uma Assembleia Geral Universitária por ano, porém isso nunca foi cumprido.
 
A pauta interna é extensa e será mais elaborada caso ocorra de fato a greve.
 
Um dos pontos de reivindicação é também concurso público.
 
Na assembleia de hoje à tarde, a professora Miriam Tereza, Pró-reitora de Ensino e Graduação da UFMT informou que a UFMT já prepara concurso para preenchimento de 176 vagas relativas ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). O Projeto de Lei que trata disso já está aprovado na Câmara de Deputados e tramita agora no Senado.
 
Segundo ela, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, se reuniu hoje de manhã com os reitores das federais e disse que levaria à presidente Dilma a solicitação de uma Medida Provisória imediata que enfim viabilize o cumprimento do acordo assinado na campanha salaria do ano passado.
 
Porém a categoria questiona se isso terá efeito prático ou se essa conversa é mais uma forma de continuar “enrolando” a categoria.






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