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Quarta - 18 de Abril de 2012 às 10:56
Por: JARDEL PATRÍCIO ARRUDA

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Irmãos argentinos na cadeia: briga em boate rende agora o afastamento de policiais
Irmãos argentinos na cadeia: briga em boate rende agora o afastamento de policiais
Os dois soldados da Polícia Militar suspeitos de terem agredido dois irmãos argentinos em uma confusão que começou em uma boate de Cuiabá foram afastados “das ruas”.

De acordo com o corregedor-geral da PM, coronel Jorge Catarino, a medida visa a preservar os militares.

“Tomamos essa medida para preservar os soldados e a sociedade, devido à repercussão do caso”, disse.

De acordo com o corregedor, a decisão de afastar Franco Nascimento e Robson Rocha foi tomada em uma reunião com o comandante do Comando Regional I, coronel Jadir Metello, ainda na semana passada, quando foi publicada a Portaria que deu abertura à sindicância.

Apesar de afastados das ruas, Franco nascimento e Robson Rocha continuarão a exercer atividades administrativas nos batalhões onde estão lotados, a Companhia Independente do Pedra 90 e o batalhão de Santo Antonio do Leverger.

Ao fim da sindicância, caso sejam inocentados, ambos voltarão às ruas. Caso sejam culpados, podem sofrer penalidades que vão de advertência à expulsão da polícia.

Na madrugada do dia 31 de março, os dois soldados da PM teriam autuado em flagrante os irmãos argentinos Luis Marcelo Lujan, 28, e Ignácio Augustin Lujan, 25, por terem furtado a bolsa de Raquel Rocha, irmã de Robson Rocha, dentro de uma boate de Cuiabá.

De acordo com o policial, a máquina fotográfica e os celulares delas foram encontrados posteriormente no carro dos argentinos. Segundo consta no Boletim de Ocorrência, houve luta corporal, a qual foi interrompida pelo apoio da Rotam.

Os argentinos ficaram presos por cinco dias, até serem soltos mediante fiança e a intervenção do cônsul argentino Gabriel Herrera, enviado pela Embaixada Argentina no Brasil para acompanhar o caso.

Nesse período, Luis Lujan e Ignácio Lujan denunciaram terem sido vítimas de uma armação dos policiais, motivada por ciúmes, e que foram agredidos.

O mais jovem, inclusive, acusa os soldados da PM de serem os responsáveis por terem lhe quebrado três dentes.

Além disso, segundo a advogada dos argentinos, Beatriz Viana, existem diversas contradições na denúncia contra os irmãos.

Entre elas, o fato dos dois terem uma máquina fotográfica profissional, o que excluiria a necessidade de se roubar uma amadora, além de eles carregarem em dinheiro uma quantia próxima de R$ 6 mil.

A partir dessas denúncias, a Ouvidoria Geral das Policias Militar e Civil acionaram a corregedoria da PM.




Fonte: DO DC

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