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Saúde
Quinta - 26 de Janeiro de 2012 às 18:26
Por: LISLAINE DOS ANJOS

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Divulgação
Médicos do Samu querem melhorias nas condições de trabalho e extinção de contratos temporários
Médicos do Samu querem melhorias nas condições de trabalho e extinção de contratos temporários

Médicos que atendem no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) vão se reunir com o Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindmed), na próxima terça-feira (31), em assembleia-geral, para elaborar e encaminhar propostas ao governador Silval Barbosa (PMDB).

Os 34 profissionais que atendem pelo órgão, em Cuiabá e Várzea Grande, reclamam que receberam apenas metade do salário de dezembro, e que o holerite referente ao mês de janeiro não registrava pagamento de salário algum.

Além disso, os médicos também alegam que trabalham sob regime de contratos temporários, que venceram no final de 2011 e não foram renovados até o momento.

Em resposta ao Sindimed, o Estado prometeu regularizar a situação no início de fevereiro.

Segundo o diretor-geral do Samu, Daoud Abdallah, a situação toda não passou de um equívoco da Secretaria de Administração (SAD), causado pelo vencimento dos contratos.

“A SAD (Secretaria de Administração) gerou holerite zero e eles (médicos) não receberam justificativa alguma. Conversei com o diretor-geral do Samu (Daoud Abdallah) e ele me garantiu que isso foi apenas um equívoco. Ele disse que o Governo vai gerar uma folha complementar e irá regularizar os vencimentos no dia 10 de fevereiro”, disse a presidente do Sindimed.

Elza afirmou que o Governo fez uma proposta de renovar o contrato por mais um ano, mas isso não atende às expectativas da categoria, que vai encaminhar ao Governo propostas de realização de concurso público, elaboração de um plano de carreira dos médicos emergencistas do Samu e melhorias nas condições de trabalho.

“Tem médico trabalhando há meses e até anos sem contrato algum firmado com o Governo, apenas ‘contrato de boca’. Os gestores estão indo contra o que diz a lei”, reclamou.

A possibilidade de uma paralisação não está descartada, segundo a presidente. Elza Queiróz. Mas a categoria promete aguardar o pagamento dos salários e uma resposta às propostas que serão encaminhadas.

“Dependendo da resposta do Governo, iremos nos reunir em assembleia para decidir se haverá uma paralisação”, disse.

Ação judicial

Os médicos do Samu também prometem pedir ao Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) para que realizem uma vistoria na sede do Samu, para constatar as denúncias feitas pelos profissionais.

Os médicos reclamam de falta de infraestrutura do prédio e do estado das ambulâncias usadas para resgate, que estariam velhas. Eles também pedem por mudança da sede do Samu, uma vez que uma reforma já havia sido prometida pelo Estado, mas nunca foi feita.

Segundo a presidente do Sindimed, com a elaboração de um relatório oficial, eles poderão procurar o Ministério Público Estadual (MPE) e pedir para que o órgão acione os gestores.

“Só assim nós podemos entrar com uma ação no MPE e pedir para que eles façam os gestores cumprirem a lei e fazerem uma gestão decente. Porque hoje eles estão indo contra a Constituição ao não realizarem concurso para a prestação de serviços públicos. Eles afirmam que fazem isso para manter o Estado dentro da Lei de responsabilidade Fiscal, que isso não onera os cofres públicos, mas eu discordo”, afirmou Elza.






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