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Educação/Vestibular
Domingo - 15 de Janeiro de 2012 às 16:54
Por: MÁRCIA RODRIGUES/CRIS OLIVETTE

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O ano está começando e quem deseja trocar a carreira na iniciava privada pela pública deve iniciar a maratona de estudos para se preparar para prestar os concursos que já estão com as inscrições abertas ou que serão anunciados até o segundo semestre do ano. Juntas, as provas oferecem 25.033 vagas. As remunerações variam conforme o cargo, de R$ 609,50 (pago pela prefeitura de Votuporanga) a R$ 13.833 (oferecido no Senado).

 

Somente em São Paulo são 23 processos seletivos. Entre eles estão o da Companhia Metropolitano de São Paulo (Metrô), da Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Município de São Paulo (Prodam), da Prefeitura de São Paulo, e o da Secretaria da Administração Penitenciária paulista. Dos nacionais, destacam-se: Casa da Moeda, Banco Central (BC), Caixa Econômica Federal (CEF), Receita Federal e Senado (veja a lista no quadro abaixo).

A concorrência acirrada de alguns concursos faz muitas pessoas dedicarem bastante tempo para a preparação da prova. Há candidato, inclusive, que abandona o emprego para investir nos estudos. Prática que não é aconselhável, na opinião do diretor de marketing da Central de Concursos, José Luiz Romero Baubeta. "A aprovação em um concurso de nível médio pode demorar de seis meses a um ano e meio. E o tempo de estudo para passar num concurso com salário a partir de R$ 13 mil, pode ser de um ano e meio a quatro anos", diz.

Depois de uma temporada na Alemanha, o engenheiro de telecomunicações, Rodrigo Rocha Barreto, de 35 anos, voltou decidido a ingressar na carreira pública. Há um ano e meio estuda para a prova do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), que encerrou as inscrições em dezembro do ano passado.

"Apesar de haver oferta de trabalho na minha área os salários são baixos e são muitas as exigências. Por isso, resolvi seguir os passos dos meus pais e de familiares que migraram para o serviço público", conta.

O que mais o atrai para as repartições é a estabilidade financeira e profissional. "Meus pais já se aposentaram e contam com todos os direitos assegurados pela lei. Quem garante que teriam a mesma tranquilidade se estivessem no setor privado?", diz.

Outro que está estudando para o mesmo concurso é o economista Camilo de Lelis Marques Bueno, de 52 anos. "Passei na prova do Ministério Público, mas minha colocação não foi boa. Continuo me preparando para os concursos do TRE e da prefeitura de Santo André", conta. Apesar de prestar vários concursos, o economista afirma que quer atuar nos tribunais, por isso vai intensificar os estudos para provas nessa área.

Na opinião de Baubeta, antes de optar por um concurso, o profissional deve avaliar se realmente gosta da área para não se frustrar. O relações públicas Marcus Vinícius de Jesus Bonfim, de 33 anos, por exemplo, ponderou bem o concurso que o manteria na sua área e se dedicou para passar em primeiro lugar na prova do Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP). A instituição oferecia apenas uma vaga para o cargo de relações públicas.

"Estava me preparando para esse e para o concurso da Câmara Municipal. Estudei quatro horas por dia durante quatro meses. A preparação não foi muito difícil porque vivo estudando. Desde que me formei, em 2003, nunca parei", diz.






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