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Sexta - 21 de Outubro de 2011 às 07:46
Por: FERNANDO DUARTE

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Em uma manobra realizada para sacramentar um dos governos mais problemáticos de Várzea Grande, a Câmara Municipal definiu pela cassação do mandato do republicano Murilo Domingos. Com a decisão, permanece à frente do Paço Couto Magalhães o vice-prefeito Tião da Zaeli (PSD). O único a se abster da votação foi o vereador João Madureira (PSC), que já foi prefeito interino do município com o afastamento do titular e vice pela Câmara em março deste ano.

A votação favorável pela cassação, realizada por 12 dos 13 parlamentares, mostra a força adquirida por Tião da Zaeli que - de afastado do cargo pelos próprios vereadores - se apresenta com muito prestígio junto à Câmara. Assim como o Legislativo tem com ele, já que o vereador (e ex-crítico de Zaeli) Fábio Saad (PTC) é secretário de Saúde e a vereadora (e ex-presidente da comissão que afastou ele e Murilo) Isabela Guimarães (PSD) assumiu a pasta de Assistência Social.

A cassação do mandato aconteceu na terça-feira (19) e sequer foi divulgada no site da Câmara. Há quase três meses Tião estava interinamente na prefeitura já que a Justiça havia afastado Murilo devido a irregularidades na contratação de trabalhadores cedidos à Associação Brasileira Profissionalizante, Cultural e de Preservação do Meio Ambiente (Abrassa).

A irregularidade foi apresentada pelo Ministério Público Estadual (MPE) em 2007, mas foi decidida somente este ano. Murilo entrou com recursos para suspender a decisão, inclusive no Tribunal de Justiça (TJ), o que não mudou a decisão. O afastamento foi determinado pelo juiz da 3ª Vara Especializada da Fazenda Pública de Várzea Grande, Onivaldo Budny, sendo a quarta vez apenas em 2011.

No caso da Câmara, o motivo para a cassação foi uma denúncia do ex-procurador do município baseada em um protocolo da ex-secretária de Comunicação da prefeitura (primeiro mandato de Murilo) Edna Araújo, apontando que o ex-prefeito republicano ainda estava atuando na empresa da família, a Casa Domingos.

Esta, por sinal, foi apontada anteriormente pelo próprio Ministério Público de ser fornecedora de produtos a prefeitura de Várzea Grande utilizando empresas fantasmas. O curioso é que a mesma denúncia já tinha sido apresentada anteriormente à Câmara, mas nada foi realizado.

O vereador João Madureira (ex-presidente da Câmara) afirmou que se absteve de votar porque Tião da Zaeli já estava como prefeito, assim, não havia necessidade de cassar o cargo de Murilo. Ele não soube informar o motivo de somente agora a denúncia ter sido levada em conta pelos demais vereadores.

O presidente da Câmara Municipal, Maninho de Barros (PSD), não foi localizado e nem retornou às ligações. O mesmo aconteceu com o vice-presidente da Casa, Charles Caetano, e o primeiro secretário, Wanderley Cerqueira, ambos do Partido da República. O prefeito cassado, Murilo Domingos, também não atendeu aos telefonemas para comentar a decisão após quase sete anos à frente do cargo.




Fonte: Do DC

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