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Nacional
Terça - 12 de Julho de 2011 às 23:59

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A Justiça do Rio de Janeiro decretou a quebra de sigilo de mais duas linhas telefônicas de policiais militares suspeitos de envolvimento na morte do menino Juan Moraes, de 11 anos.

A decisão é do juiz Marcio Alexandre Pacheco da Silva, do 4º Tribunal do Júri de Nova Iguaçu. A polícia poderá analisar os dados telefônicos dos suspeitos no período entre 2 de junho e 4 de julho.

No último dia 7, já havia sido decretada a quebra do sigilo de dez linhas telefônicas. Segundo o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, as 12 linhas investigadas pertencem a nove PMs.

Juan desapareceu no último dia 20 de junho, após confronto entre policiais e traficantes na favela Danon, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. O irmão dele, de 14 anos, disse ter visto Juan ferido.

O corpo do garoto foi encontrado, no dia 30 de junho, no rio Botas, em Nova Iguaçu. Inicialmente a informação da polícia era de que o corpo localizado era de uma menina, mas exames de DNA comprovaram que se tratava da criança desaparecida.

A perita que identificou o corpo como o de uma garota será alvo de sindicância. Para a polícia, ela foi "precipitada".

O IML (Instituto Médico Legal) ainda não concluiu o laudo que apontará de que forma ele foi morto. Testemunhas afirmaram à polícia que o menino levou um tiro no pescoço.

A reconstituição do caso ocorreu no último dia 9. Quatro policiais que estavam no confronto na favela Danon e outros três que auxiliaram na operação participaram dessa fase da investigação.

Na ocasião, cada um deu a sua versão para o caso e ninguém falou com a imprensa.

TESTEMUNHA

Uma dona de casa disse em entrevista ao "Jornal Nacional", da TV Globo, no dia 8 de julho, ter visto o menino Juan ser morto por policiais militares na favela Danon.

"Primeiro eles mataram um bandido. Logo após o Juanzinho saiu correndo. Eles mataram o Juan e correram atrás do irmão do Juan. O que aconteceu, eles mataram o Juan, esconderam embaixo do sofá e 30 minutos depois eles foram, apanharam o Juan e jogaram dentro da viatura", contou a testemunha, que não foi identificada.

Ainda segundo o relato da mulher, os policiais voltaram à favela no dia seguinte para queimar o sofá a fim de eliminar provas do crime. O móvel, segundo ela, tinha sido abandonado no local por um morador.

SUSPEITOS

Quatro policiais militares foram afastados das ruas e transferidos para o quartel central. Eles não estão presos, mas com a transferência deixam de receber uma gratificação de cerca de R$ 400.

Eles prestaram depoimento na Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense no dia 5 de julho, por 13 horas. A polícia também analisa as informações do localizador via satélite instalado nos veículos da PM que estavam no local.

O advogado dos policiais diz que eles são inocentes.

O comandante-geral da PM, coronel Mário Sérgio Duarte, disse que, se ficar comprovada a culpa dos policiais, eles serão expulsos da corporação.






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