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Esportes
Terça - 21 de Junho de 2011 às 08:20

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À beira de um inédito rebaixamento para a segunda divisão do futebol argentino, o River Plate encontrou do outro lado da fronteira um culpado para a crise atual.

Em fóruns na internet e nas redes sociais, torcedores de rivais brincam que a equipe afundou devido à "má sorte" provocada por seus patrocinadores brasileiros.

Duas das três empresas que estampam suas marcas na camiseta "millonaria" são originárias do Brasil --a alemã Adidas fornece material esportivo ao clube.

A Petrobras é a principal patrocinadora do time de Buenos Aires. Parceira do River desde o primeiro semestre de 2006, aparece no peito e nas costas do uniforme.

A união com a Tramontina é mais recente. O acordo foi selado em fevereiro e permitiu que a empresa anunciasse nas mangas da camisa.

Juntas, elas pagam ao clube argentino pouco mais de US$ 3 milhões anuais (cerca R$ 4,8 milhões), valor irrisório para o mercado futebolístico brasileiro, onde o Flamengo fatura R$ 8 milhões apenas com as mangas.

O River inicia nesta quarta-feira a disputa de um mata-mata contra o Belgrano, quarto colocado da Primera B. O jogo acontece em Córdoba, casa da equipe que tenta a promoção. A volta será no domingo.

Quem sair vencedor do encontro disputa a elite na próxima temporada. O perdedor joga a segunda divisão.

Procurada pela reportagem, a Tramontina se recusou a informar se pretende manter o patrocínio mesmo em caso de rebaixamento. Negou apenas que o contrato, válido até o fim do ano, tenha cláusula de rescisão automática em caso de queda.

A assessoria de imprensa da Petrobras, que tem mais um ano de acordo, afirmou que um feriado na Argentina impossibilitou que as perguntas fossem respondidas.

Apesar das piadas sobre uma possível "maldición brasileña", ter patrocinadores do vizinho com economia mais aquecida não é incomum para os argentinos. Oito dos 20 times do recém-encerrado Torneio Clausura, vencido pelo Vélez Sarsfield, têm apoio verde e amarelo.

O River, 33 vezes campeão da primeira divisão e que nunca saiu da elite desde o início da era profissional, nem foi tão mal assim na competição, uma espécie de segundo turno do Argentino --terminou na nona posição.

Mas, como o rebaixamento é definido pela média de pontos por partida em três temporadas, terá de lidar com o risco do descenso.

O time vinha acumulando campanhas ruins e ficou em 17º no ranking. Os dois com piores médias são rebaixados, e mais dois jogam contra equipes da segunda divisão.






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