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Saúde
Quinta - 24 de Março de 2011 às 16:01

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O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lançou hoje (24), em Brasília, uma nova campanha publicitária para alertar a população quanto ao principal sintoma da tuberculose: tosse por mais de três semanas. O objetivo é estimular a população a procurar diagnóstico precoce da doença nas unidades de saúde públicas e privadas. O tratamento é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e dura seis meses. Quando realizado sem interrupções, o paciente é curado, além de deixar de transmitir a doença logo nas primeiras semanas.
 
A mensagem da campanha é: “Tosse por mais de três semanas pode ser tuberculose. Procure uma unidade de saúde”. Esse é o foco para alertar a população quanto à necessidade de diagnosticar precocemente a doença e evitar a transmissão para familiares e pessoas que convivem com o paciente.
 
“A data de hoje vem reforçar que a tuberculose ainda existe e não tem classe social”, afirmou Padilha durante o lançamento. Segundo o ministro, todo o esforço políticos entre os governos federal, estaduais e municipais, além da sociedade civil e empresas, ainda será pequeno diante da importância do tema.
 
Foram produzidos vídeos para televisão e spots de rádio, que serão divulgados em veículos de alcance nacional e regional, além de 2 milhões de folhetos, 300 mil cartazes, 500 mil folders para profissionais de saúde. Todo material gráfico será enviado às Secretarias Estaduais de Saúde, que fazem a distribuição aos municípios. Haverá, também, outdoors e peças de mobiliário urbano para paradas de ônibus das maiores cidades do país e divulgação no portal do MS e em redes sociais da internet (Facebook, Twitter, Orkut e Formspring).
 
MATERIAL INÉDITO – A nova campanha contra a tuberculose traz, ainda, um material inédito, destinado aos profissionais de saúde que atuam no sistema penitenciário. A razão é a alta incidência da doença entre a população carcerária: 25 vezes maior do que na população em geral, que é de 37,99 casos por 100 mil habitantes. Isso ocorre principalmente pela insalubridade e pela superlotação das celas.
 
No folder desenvolvido para os profissionais de saúde que lidam com pessoas encarceradas, há informações sobre a doença e como diagnosticar e tratar os casos de tuberculose, entre outras orientações. Ao todo, foram produzidos 20 mil exemplares, que serão enviados para a Diretoria de Políticas Penitenciárias do Ministério da Justiça, parceiro encarregado da distribuição dos folders aos estados.
 
No Brasil, há quase meio milhão de pessoas encarceradas. A tuberculose e a coinfecção com o HIV são graves ameaças à saúde dessa população. Daí a necessidade de produzir um material específico para os profissionais de saúde que atuam nas 1.795 unidades prisionais do país. Todas elas receberão o material com informações sobre a doença.
 
Durante o lançamento da campanha, serão apresentadas ao público experiências na área de Saúde e Segurança Pública do Amazonas. Em 2009, o estado foi o primeiro a oferecer exames para detecção e tratamento da tuberculose e do HIV para novos ingressos no sistema penitenciário. Em 2010, o Ceará adotou a estratégia e o Rio Grande do Sul também está implantando ação semelhante.
 
OUTROS MATERIAIS
– Para a campanha contra a tuberculose, também foi produzido um material informativo para os profissionais de saúde em geral, que chama atenção para a importância de realizar exame de cultura, além da baciloscopia. Ambos os exames são feitos a partir de amostra de escarro do paciente.
 
O exame de cultura é indicado quando não é possível, por meio da baciloscopia, identificar imediatamente o bacilo de Koch, causador da doença, na amostra do paciente. Daí a necessidade de deixar o bacilo crescer em laboratório para fazer o diagnóstico.
 
Isso leva, no mínimo, 15 dias, mas esse exame é mais sensível para a detecção da tuberculose, além do método permitir a identificação de bactérias resistentes aos medicamentos. De acordo com o Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT), o exame de cultura pode elevar em até 30% a detecção de casos de tuberculose.
 
Outra ação da campanha é o envio de uma mensagem (e-mail marketing) para médicos e enfermeiros dos conselhos federais de Medicina (CFM) e Enfermagem (COFEN) com informações sobre a doença e ressaltando a importância da atuação desses profissionais no diagnóstico de casos.
 
OMS – Em nível global, a Organização Mundial de Saúde, por meio da iniciativa STOP TB, tem estimulado novas iniciativas nas áreas de pesquisa e cuidado com os pacientes. A campanha mundial deste ano chama a atenção para a luta contra a tuberculose de modo que cada ação desenvolvida seja um passo rumo à eliminação da doença. A proposta é inspirada nos objetivos e metas do “Plano Global do STOP TB 2011-2015: Transformando a Luta – Rumo à Eliminação da Tuberculose”, que foi lançado pela Parceria STOP TB, em outubro de 2010.
 






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