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Educação/Vestibular
Segunda - 21 de Março de 2011 às 18:59

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A Previ, maior fundo de pensão da América Latina, ampliou em R$ 10 bilhões seu patrimônio no ano passado, para R$ 152 bilhões, mesmo com o mercado acionário fraco, afirmou nesta segunda-feira o seu presidente, Ricardo Flores.

O fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, que é o maior acionista da mineradora Vale, fechou o ano com rentabilidade de 12,37% para o seu principal plano (Plano 1), e de 9,3% para seu novo plano, o Previ Futuro, que ficou abaixo da meta atuarial de 12,32%. No ano passado, o Ibovespa subiu 1%.

"É compreensível que um tenha rendido mais do que o outro, porque o primeiro tem participações relevantes, imóveis, que dão maior valorização do ativo", explicou Flores.

Iniciado em 1998, o Previ Futuro é formado praticamente por novos funcionários do BB e tem patrimônio de R$ 2 bilhões, ante R$ 150 bilhões do plano anterior que reúne importantes participações em empresas como Vale, Petrobras e CPFL Energia.

O superavit acumulado em 31 de dezembro de 2010 era de R$ 26,8 bilhões. Por conta disso, a Previ decidiu no ano passado suspender as contribuições de funcionários e do BB pelo período de três anos.

Somente no final do ano passado o Previ Futuro comprou sua primeira participação imobiliária, no shopping ABC, em Santo André (SP), vendida pelo Plano 1. Para 2011, os planos são de mais aquisições de imóveis. O segmento imobiliário garantiu rentabilidade de 17,95% no Plano 1, com carteira de R$ 4,8 bilhões.

"Vamos continuar diversificando, porque esse é o caminho", disse Flores, que não vê risco de uma bolha no setor no país.

A renda variável representava 64,5% da carteira da Previ no fim de 2010 e teve rentabilidade de 10,78% no ano. A renda fixa era 29,3% dos investimentos e garantiu rentabilidade de 13,74% ao Plano 1. A carteira conta ainda com empréstimos, financiamentos e investimentos estruturados, além de imóveis.

GASTOS EXTRAS

Em 2010, a Previ teve gastos extras para manter a posição acionária no BB, por conta da capitalização do banco, mas perdeu espaço no aumento de capital da Petrobras.

"Na Petrobras fomos ao máximo que podíamos", disse o diretor de Investimentos da Previ, Renê Sanda, calculando que precisaria de mais R$ 1 bilhão para continuar com 3,1% no capital da estatal ante os 2,9% atuais.

Mas o principal investimento em renda variável da companhia continua sendo a Vale, da qual detém R$ 35,6 bilhões através do investimento na Valepar, controladora da mineradora. A empresa pagou R$ 360,5 milhões em dividendos.

"Nosso retorno com renda variável ficou acima do Ibovespa, a Vale contribuiu para essa rentabilidade", disse Flores, prevendo em 2011 também um ano positivo.

"A perspectiva para o preço [do minério de ferro] continua extremamente positiva, a China continuará a ser relevante."

VALE

O presidente da Previ evitou fazer comentários sobre a possível saída do atual presidente da Vale, Roger Agnelli.

Os rumores sobre a saída de Agnelli da mineradora circulam desde as demissões feitas pela companhia durante a crise de 2008, de cerca de 2.000 pessoas, o que gerou críticas do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Fontes próximas avaliam que, apesar do assunto não ser prioridade, em algum momento poderá voltar à pauta do governo em maio, quando acaba o atual mandato do executivo. O contrato dele, no entanto, vai até 2012.






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