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Opinião
Domingo - 31 de Março de 2024 às 00:54
Por: Renato Gomes Nery

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Mia Couto afirma que as mulheres são as donas da eternidade. Dessa frase, pode-se escrever não só um livro, mas vários. Há que ter sempre uma distinção para com as mulheres, não somente porque elas concebem, mas cuidam, também, da vida desde o ventre até a morte. Alguém já disse que nas guerras não se matam as mulheres, porque são elas cuidam das crianças que dão continuidade na vida.

Sem as fêmeas, o planeta seria estéril, não teria sequer vida! Deus as fez frágeis, estóicas, destemidas e guerreiras.

Elas sempre dão um jeito de tornar este mundo melhor. O homem é apenas o instrumento da concepção, para que as mulheres possam continuar a espécie.

Eu me lembro de uma das facetas do gênio feminino contada por Ken Follett, em um dos seus livros da “Trilogia do Século”. Afirma que ao encerrar a Segunda Grande Guerra, os Russos invadem todo o Leste Europeu, onde os soldados impunemente invadem os conventos e estupram as feiras e noviças. Grande parte delas ficaram grávidas e transformaram os conventos em creches para que os seus filhos não fossem discriminados. Para elas há sempre uma saída, um consolo e um alento!


As mulheres devem ser a face risonha de Deus! Os ambientes frequentados por elas têm luz, barulho, cor e alegria. E os frequentados pelos homens são sóbrios, opacos e tristes! Deus fez este vale de lágrimas, mas o atenuou com a presença feminina. Elas existem para minorar as misérias, as dores e aflições do mundo, tornando-o melhor, mais digno e mais humano.

As características femininas são inerentes a todas as fêmeas de todas as espécies do universo. Não consta que em nenhuma outra espécie, os machos maltratem as fêmeas. Eles se digladiam entre si, até pelas fêmeas, mas elas não fazem parte de quaisquer contendas. A racionalidade do homem é uma faca de dois gumes, um afiado e outro cego!

Entretanto, na espécie humana, as fêmeas podem ser tornar o saco de pancadas da ira masculina. Essa situação recrudesceu, nos últimos tempos, e boa parte delas vive amedrontada – poucas tem coragem de enfrentar os machos - sob o amparo de medidas protetivas, para se protegerem do seu maior inimigo: o homem! Onde foi que ele se perdeu?

Toda vez que uma mulher é maltratada, espancada ou morta pelo macho, está-se olvidando as razões pelas quais existimos. A violência é a face sombria e cruel da existência humana! É a sua própria negação! Os valores mais caros da nossa sociedade viram pó. Fica aqui o registro desta triste constatação, esperando que a face risonha de Deus um dia triunfe e torne este mundo melhor e mais digno de se viver.

Renato Gomes Nery é advogado.



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