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Politica Brasil
Quarta - 29 de Dezembro de 2010 às 20:38

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O ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PDT), disse nesta quarta-feira (29) que não haverá negociação em janeiro para um reajuste maior do salário mínimo, que passará de R$ 510 em 2010 para R$ 540 reais no ano que vem.

"A decisão do governo é que vai ser R$ 540. Ficou resolvido que vai se cumprir o acordo", afirmou o ministro, que será mantido pela presidente eleita, Dilma Rousseff.

Na semana passada, em entrevista à Folha, Lupi defendeu o mínimo de R$ 560.

"E por isso sou defensor de que o aumento do salário mínimo tem de ser de R$ 560, porque R$ 580, nesse momento, é uma puxada que não dá para suportar. Mas R$ 540 é muito pouco", disse.

A decisão de apoiar o mínimo de R$ 540 colide com críticas da Força Sindical, sob liderança do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força.

Anteontem, Paulinho, colega de partido de Lupi, criticou os R$ 540 previstos no Orçamento de 2011. O PDT ameaçou paralisar a votação da peça orçamentária, dias antes do Natal, mas o plano acabou não indo para a frente.

A Força Sindical criticou nesta segunda-feira declaração do presidente Lula de que manterá em R$ 540 o valor do salário mínimo, previsto no Orçamento para 2011 e aprovado pelo Congresso.

FÓRMULA

Definido no Orçamento, o valor segue a fórmula de reajuste que leva em conta a variação do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos atrás, somado ao índice de inflação do ano anterior, medido pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

Na segunda-feira (27), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que manteria o valor de R$ 540 e que, se houvesse alguma mudança, ela seria determinada por Dilma.

Lupi reiterou ainda a previsão de que mais de 2,5 milhões de empregos formais devem ter sido criados em 2010. A previsão é de que o balanço oficial saia em janeiro.

"A tradicional perda de empregos em dezembro não será tão grande", disse Lupi.

Otimista, o ministro também repetiu que, em 2011, serão criados mais de 3 milhões de empregos com carteira assinada no Brasil.





Fonte: Reuters

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