Pesquisas científicas feitas no Brasil estão ajudando a melhorar o diagnóstico e o tratamento do câncer. O câncer de próstata está entre os que mais matam no mundo e é difícil de diagnosticar.
Pesquisas feitas no Brasil ajudam a melhorar tratamento do câncer
Pesquisas científicas feitas no Brasil estão ajudando a melhorar o diagnóstico e o tratamento do câncer. O câncer de próstata está entre os que mais matam no mundo e é difícil de diagnosticar. Resultado: muita gente acaba tendo que se submeter à biópsia.
“De cada dez que a gente manda pra biópsia, três têm câncer e sete não têm, então sete fizeram a biópsia desnecessariamente, então é necessário melhorar o modo como a gente diagnostica câncer de próstata hoje em dia”, fala o pesquisador do Instituto do Câncer, José Pontes Junior.
Em um laboratório da faculdade de medicina da USP, um grupo de cientistas pesquisa maneiras de identificar a doença mais cedo e definir quais pacientes precisam fazer a biópsia.
Eles compararam amostras de tecidos de um tumor com as de um homem que não tinha a doença. Descobriram que nos DNAs de quem tinha o câncer de próstata havia genes que não existiam nos saudáveis.
Essas informações são armazenadas no banco de dados do Instituto do Genoma Humano dos Estados Unidos - que reúne pesquisas do mundo inteiro.
“Esse perfil de expressão dos genes que nós identificamos ele pode vir a substituir ou auxiliar os métodos tradicionais do diagnóstico do câncer de próstata”, diz a chefe do laboratório de investigação médica da urologia, Kátia Leite.
Quando um médico identifica um câncer específico, ele precisa descobrir se esse tumor já começou a se espalhar no corpo do paciente. Uma pesquisa desenvolvida no Hospital das Clínicas, por outra equipe de cientistas, utiliza equipamentos de alta tecnologia para agilizar o diagnóstico.
Atrás de uma porta de 20 toneladas de aço e concreto está um acelerador de partículas, que produz substâncias radioativas. Um robô é essencial no processo. Ele introduz a substância radioativa numa molécula de glicose. A fórmula é injetada no corpo do paciente com câncer.
Tumores como o de mama, por exemplo, gostam de glicose. Se ele tiver se espalhado para outras partes do corpo, a glicose radioativa se fixa no tumor.
A radioatividade permite identificar a glicose num exame de imagens - e descobrir onde o tumor está - mesmo que seja muito pequeno. A técnica já está sendo usada em hospitais de São Paulo e pode ajudar também no combate a outras doenças.
“Ele pode detectar tumores que ainda hoje são um desafio pro diagnóstico, tumores de pâncreas, tumores de rins, no caso de doenças cerebrais, demência de Alzheimer, doença de Parkinson, detectar epilepsia e mesmo doenças cardiológicas e com isso permitir um planejamento terapêutico mais precoce dos pacientes”, fala o professor de medicina da Usp Carlos Buchpiguel.
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