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Saúde
Quinta - 05 de Agosto de 2010 às 01:38

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Poucos transplantes realizados e muitas pessoas na fila de espera. Esta é a situação dos pacientes que aguardam o procedimento em Mato Grosso. Aproximadamente mil pessoas estão na fila, sendo 638 pacientes à espera de um transplante de rim e, outros 342, de córnea. Muitos dos pacientes cadastrados estão sendo encaminhados para São Paulo ou Curitiba para receber o órgão que necessita.

As cirurgias para transplantes de rim, enxerto e médula óssea no Estado foram paralisadas há um ano e meio. Apenas transplantes de córneas estão sendo realizados no Estado. De abril a julho deste ano foram efetuados 14 transplantes. Cerca de 45 pacientes de Mato Grosso foram encaminhados para São Paulo onde aguardam o transplante de cornéa, outras 45 o de rim e 18 para médula óssea. Em 2008 foram transplantados 8 rins e em 2009 foram 4 em Mato Grosso.

De acordo com a diretora da Central de Transplantes de Mato Grosso, Fátima Melo, para que os transplantes sejam feitos é necessário uma reestruturação. "O hospital teve dificuldades por manter apenas uma equipe para atendimento. Se a gente reestruturar isso, com mais equipes qualificadas, tudo fica mais viável", explicou a diretora. Ela acrescentou ainda que o sistema que permite ao paciente saber em que lugar da fila está aguardando ainda não está disponível por falta de equipe.

Na fila há cinco anos, Lourisvaldo Serafim da Silva (50) está na expectativa para cirurgia de transplante de rim, que será realizada no mês de setembro em São Paulo. Ele faz três sessões de hemodiálise por semana e cada uma com duração de quatro horas. Para ele, as cirurgias feitas em outros estados são mais seguras, por causa da equipe e por ouvir relatos de que os pacientes estão bem depois que fizeram o transplante. Mas segundo Lourisvaldo, tudo isso vai valer a pena. Agora ele espera que um cunhado doe o rim. "No início é dificil se acostumar com as sessões. Com fé em Deus, vai dar tudo certo".

Para que o paciente receba o órgão é necessário que ele passe por um processo de avaliação que envolve o cadastro, exames, coleta de sangue e só depois que encontrar um orgão compatível poderá ser operado. Segundo a presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia, Paulete Maria Grando, o Estado está crescendo, mas por enquanto é melhor realizar o procedimento em outros estados, devido à preparação e um conjunto de fatores necessários para se realizar um transplante. "É necessária toda uma estrutura para que esse procedimento ocorra. Por enquanto é melhor encaminhar nossos pacientes para São Paulo", finalizou a presidente.





Fonte: TVCA

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