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Educação/Vestibular
Domingo - 18 de Abril de 2010 às 14:45

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Letícia Casado/R7
Aluna exibe
Aluna exibe "pulseira do sexo" em frente a colégio particular da zona norte de SP
As escolas particulares da cidade de São Paulo preferem orientar seus alunos a proibir as polêmicas "pulseiras do sexo", segundo levantamento feito pelo R7.

 

Das 21 instituições consultadas, a maioria tradicionais, só uma - o colégio Rio Branco - admitiu banir o acessório.

No colégio Bandeirantes, a coordenadora de orientação sexual, Maria Estela Zanini, disse que o número de estudantes usando pulseirinha foi bem menor neste ano do que no ano passado.

- A posição do colégio não é de proibição. É importante orientar os jovens sobre o perigo de se expor com os adereços, principalmente quando adolescentes mais velhos entram na brincadeira.

Postura semelhante adotou o Arquidiocesano. A diretoria da escola afirma que não baniu e nem pretende banir o uso das pulseiras, porque o assunto tornou-se "uma pauta para discutir, com maturidade, uma visão humanizadora da sexualidade".

O colégio Móbile, terceiro mais bem colocado no último ranking do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), no Estado de São Paulo, decidiu que uma aula seria dedicada inteiramente aos polêmicos acessórios.

O vice-diretor, Antônio de Freitas da Corte, recorda que os próprios estudantes procuraram a escola para saber mais sobre o tema.

- Outros colegas relataram a eles casos de gente usando as pulseiras. A aula foi dada para os estudantes do último ano do ensino fundamental (equivalente à oitava série).

O dirigente pondera que esclarecer os estudantes, sem criar pânico, deveria ser o papel de todos os colégios:

- Só proibir não ajuda. Temos é que explicar o risco que o aluno corre ao usar as pulseiras. Não só o físico, de sofrer alguma agressão ao ir em uma festa ou andar na rua. Mas o de ser identificado com alguma insinuação sexual que não existe, um risco social.

Marta Durante, dirigente do colégio Santi, recomendou que o acessório não fosse usado devido à repercussão que ele teve na mídía, mas garante que não houve proibição.

- Tentamos fazer as orientações tratando do adereço não como “pulseira do sexo”, e sim como algo que pode resultar em uma agressão. As crianças pararam de usar naturalmente.

Fora de moda

Na maioria das escolas entrevistadas, o uso das "pulseiras do sexo" está saindo de moda ou caiu em desuso. Em alguns casos, a própria repercussão na imprensa serviu para que os alunos deixassem de usar os adereços.

 

Não é permitida a entrada de alunos com as pulseiras no colégio Rio Branco, diz o diretor, Roberto Alves de Sales.

- Se o professor identificar alguém com as pulseiras em sala de aula, ele encaminha para orientação educacional. O aluno vai ser orientado e vamos procurar a família.

A polêmica com o uso do acessório cresceu depois de casos de violência sexual com meninas que usavam as pulseiras no Amazonas e no Paraná. Cidades como o Rio de Janeiro vetaram o uso do adereço na rede municipal de ensino.

Medidas similares estão sendo discutidas em outros municípios e Estados.





Fonte: Do R7

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