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Saúde
Quinta - 11 de Março de 2010 às 08:11
Por: Raquel Ferreira

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Cerca de 2,5 mil pacientes de doença renal crônica dependem de hemodiálise para sobreviver em Mato Grosso e 727 pessoas esperam por um rim na fila de transplantes do Estado. No Brasil, 85 mil passam pelo processo mecânico de filtragem do sangue para levar uma vida normal. Mas esses números não são os protagonistas do Dia Nacional do Rim, que tem como tema "Proteja seus rins - Controle o Diabetes".

A data é comemorada hoje e a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) foca na prevenção, alertando a população para o controle e cuidados com o diabetes, atualmente considerado a principal causadora de doença renal crônica em nível mundial. Conforme a enfermeira chefe do Centro Nefrológico de Cuiabá (Cenec), Paula Baldrighi, o diabetes é responsável por 70% dos casos, a exemplo dos problemas vivenciados pelo ex-segurança Nelson Antônio Benites, 55, que há mais de 2 anos faz hemodiálise. Além do problema renal, ele enfrenta outros agravamentos provocados pela doença, inclusive a amputação de membros inferiores.

Quando descobriu a doença renal crônica, Benites já tinha indicação para hemodiálise. Foram os inchaços nos pés que denunciaram o problema nos rins, diagnosticado depois de passar por diversos médicos e especialistas. Ele conta que sabia do diabetes e tratava, mas como dependia de medicamento da rede pública de saúde nem sempre conseguia.

Apesar de ser o principal vilão da história, o diabetes não é o única que pode comprometer o funcionamento dos rins. Paula explica que fazem parte do grupo de risco das doenças renais as pessoas com pressão alta, acima do peso, fumante, com mais de 50 anos e que tenham histórico na família.

Foi a pressão alta que acometeu os rins do autônomo Ediberto Aschar, 56. O inchaço também denunciou o problema renal e um descuido com a doença o levou às sessões de hemodiálise. Ele conta que descobriu o problema há 5 anos e acreditava que o rim voltaria a funcionar, descuidando do tratamento. "Relaxei, achei que os rins voltariam ao normal e parei de tomar os remédios e voltei a trabalhar. Depois de um tempo os rins paralisaram de vez".

A enfermeira explica que as pessoas do grupo de risco devem procurar um nefrologista para fazer um acompanhamento clínico. A prevenção e o diagnóstico precoce são meios de evitar as sessões de hemodiálise. Dependendo do estágio de descoberta da doença, o paciente trata com dieta adequada e medicamentos.

Serviço - O Cenec promove hoje, na Secretaria Estadual de Administração (SAD), distribuição de panfletos e palestras com a presidente do SBN, Paulete Grando, e com a especialista Claudia Poletto.





Fonte: A Gazeta

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