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Saúde
Quinta - 28 de Janeiro de 2010 às 10:26
Por: Andréa Haddad

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Enquanto a Capital registra 710 casos de dengue em janeiro, o município de Rosário Oeste protagoniza um dos melhores exemplos de ações preventivas de combate ao mosquito. Segundo o secretário de Saúde, Roberto Almeida Gil, houve redução de 75% no número de casos notificados em janeiro, em relação ao mesmo período do ano passado. Até o momento, apenas 10 pessoas foram diagnosticadas com dengue. Em janeiro de 2009, houve uma epidemia e esse número chegou a 162.

Além das notificações, o índice de infestação de dengue nas casas caiu de 5,6%, com mais de 100 notificações ao mês, para menos de 1%. Duas pessoas morreram em 2008 em decorrência da doença. “Este ano anda não foi registrado nenhum óbito”, destaca o secretário.

O retrato da situação caótica começou a mudar com ações preventivas que começaram já no período de seca. Em agosto do ano passado, Roberto Gil assumiu o comando da Saúde, em substituição a Joany Neuza de Almeida Bendô. Desde então, mais de 30 pessoas de segmentos sociais distintos começaram a desenvolver as ações preventivas no Comitê de Combate à Dengue.

Com ajuda de moradores, membros do MPE, Judiciário, ONGs e conselhos municipais, o prefeito Joemil Araújo Balduino (PMDB) implantou a coleta seletiva especificamente de combate à doença. Os agentes de Saúde passaram a percorrer os ferros-velhos, borracharias e oficinas mecânicas. "Levamos em conta as pesquisas apontando que o mosquito não se reproduz apenas em água suja, mas na limpa também”.

O secretário explica que determinou a realização de duas coletas seletivas. Foram recolhidas latas, copos, garrafas, tampas, vasos e outros materiais. Ele proibiu a armazenagem de pneus ao ar livre nas borracharias e outros estabelecimentos similares. “Foram realizadas ações em pontos estratégicos e a conscientização dos moradores”, aponta.

Sondado por outros prefeitos para elaborar um manual preventivo, o secretário ressalta a ação mais importante, na avaliação dele. Trata-se do isolamento e burrificação das áreas em que há registros da doença. “Também notificamos os proprietários de terrenos baldios”, lembra.

A secretaria de Saúde conta com 172 funcionários. Outras 30 pessoas foram contratadas temporariamente para atuar no combate à proliferação do mosquito. A folha salarial da pasta gira em torno de R$ 680 mil ao mês.

Por ser uma cidade de veraneio, em que a população praticamente dobra no Carnaval e durante o Festival de Praia, Rosário Oeste teve prejuízos econômicos em 2009 com a epidemia. “É uma cidade que vive dos eventos, daí a necessidade de estar sempre limpa”, diz. O município conta com 5 mil habitantes, número que chega a 10 mil na alta temporada.





Fonte: RD News

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